quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Opinião - "As Cinquenta Sombras Mais Negras" de E L James

Existem pessoas a quem este tipo de livro passa ao lado mas outras tantas esperam ansiosamente pelo lançamento do segundo volume da trilogia sobre Christian Grey e Anastasia Steele.

O livro será lançado na próxima segunda-feira mas o Efeito dos Livro já o consumiu. Quando digo isso, refiro-me exclusivamente aqui à ElsaR porque não creio que a minha irmã alguma vez venha a ler este ou outro livro do género.

Sem mais demoras...


Sinopse:
Perseguida pelos negros segredos que atormentam Christian Grey, Anastasia Steele separa-se dele, e começa uma carreira numa prestigiada editora de Seattle.
Mas por mais que tente, Anastasia não o consegue esquecer - ele continua a dominar-lhe todos os pensamentos. E quando Christian lhe propõe reatarem a relação com um novo e diferente acordo, ela não consegue resistir. Aos poucos, uma a uma, começam a revelar-se as Cinquenta Sombras que torturam o seu autoritário e dominador amante.
Enquanto Grey se debate com os seus demónios, e revela a Anastasia um lado inesperadamente romântico, ela vê-se obrigada a tomar a mais importante decisão da sua vida.
Uma escolha que só ela pode fazer…

A minha opinião:
Depois do grande fenómeno que foi (e ainda está a ser!) o primeiro livro da Trilogia As Cinquenta Sombras de Grey, chega às livrarias portuguesas o tão esperado 2º volume. Claro que eu não esperei pelo lançamento, estava demasiado curiosa para esperar. Assim como vão ficar os que gostarem destes livros. 
Fica a nota que a Lua de Papel, responsável pelo edição em Portugal já está a plenear o lançamento do terceiro e último livro para breve, quem sabe, lá para a altura do Natal e assim, toda a gente poderá ter o Christian Grey debaixo da árvore.

Agora sobre o segundo livro propriamente dito.
Depois de uma introdução à história de Anastasia e Christian, no 1º livro, como muito choque, sexo e drama, embarcamos numa leitura repleta de descobertas sobre o negro passado de Christian, sempre com ênfase no desenvolvimento vertiginoso da relação entre os dois.

Para não revelar detalhes sobre a história e estragar-vos a leitura, posso dizer que este livro permite-nos gostar mais das personagens principais e cimentar o ódio por outras. Talvez menos chocante no conteúdo sexual mas com explicações que ansiávamos ter sobre as personagens. Que não fiquem desiludidas, para quem vai à procura da "dureza" das cenas do livro anterior, elas há mas de um modo mais....íntimo.
Confesso que, a cada página que leio, compreendo o sucesso da trilogia de E. L. James. Ela cria uma personagem masculina idilicamente bela, perigosa, sedutora e proibida, exactamente o que mexe com o imaginária de muitas mulheres. Este "bad boy", assombrado pelo passado e com gostos sexuais mais fora do vulgar, que a "heroína" da história consegue salvar, a pouco e pouco, digamos, que chega a conseguir muda-lo. Não é exactamente esse o sonho de muitas mulheres? Desejar o bad boy que tem um lado terno algures enterrado em si e que conseguimos salvar, "trazer para a luz", como refere Anastasia?
Compreendo (e fico feliz) que haja muita gente que queira o Mr. Darcy mas cada vez mais, as mulheres preferem um romance intimamente intercalado com sessões de sexo puro e duro, em vez de romance há quem chegue a desejar uma obsessão louca ou um flirt arriscado.
Ainda bem, que há gostos para tudo, assim como existem homens para todos os gostos.

Fico, ansiosamente à espera do 3º volume, não por mim que o irei ler algures nos próximos tempos mas por vocês, com quem tenho o prazer de partilhar a minha opinião e comentários sobre a história.
Acreditem que vão desejar que o 3º chegue mesmo rápido porque com este, ficamos a esfregar as mãos para saber o que vai correr mal desta vez, o que mais pode impedir Christian e Anastasia de ficarem juntos.

:)
E quanto ao filme, de que tanto se fala....
quem é que escolhiam para ser Christian e Anastasia?

Ainda não leram o primeiro?

Parceria - Civilização Editora

Uma vez mais, para nossa grande alegria, temos a oportunidade de receber e ler dois magníficos livros editados pela Civilização, a que agradecemos a amabilidade da oferta.

O Último Minuto de Jeff Abbott
Sinopse:
Sam Capra tem uma única razão para viver: recuperar o filho das pessoas que o raptaram. Agora, os raptores fazem-lhe uma proposta mortal: entregam-lhe o bebé… se Sam concordar em cometer um assassinato espetacular. Aliando-se a uma jovem mãe cuja filha desapareceu, Sam parte em busca do seu filho pelo país fora numa corrida perigosa e desesperada contra o tempo.
(mais informação no sítio da Civilização Editora)
O Tempo dos Milagres de Karen Thompson Walker

Sinopse:
Nunca é aquilo que receamos que acaba por acontecer. As verdadeiras catástrofes são sempre diferentes – inimagináveis, inesperadas, desconhecidas…

E se o nosso dia de 24 horas se tornasse mais longo, primeiro em minutos, depois em horas, até o dia se tornar noite e a noite se tornar dia? Que efeito teria este abrandamento no mundo? Nas aves do céu, nas baleias do mar, nos astronautas do espaço e numa rapariga de onze anos, a braços com as mudanças emocionais da sua própria vida?

Uma manhã, Julia e os pais acordam na sua casa nos subúrbios da Califórnia e descobrem, juntamente com o resto do mundo, que o movimento de rotação da Terra está a abrandar visivelmente. A enormidade deste facto está quase para além da compreensão. E, no entanto, ainda que o mundo esteja, na realidade, a aproximar-se do fim, como afirmam alguns, a vida do dia a dia tem de continuar. Julia, que enfrenta a solidão e o desespero de uma adolescência difícil, testemunha o impacto deste fenómeno no mundo, na comunidade, em si própria e na sua família.

(mais informação no sítio da Civilização Editora)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Opinião - "Errar é Divino" de Marie Phillips


A minha opinião:

Artemisa passeia cães?
Dionísio é DJ?
Afrodite tem uma linha erótica?
Apolo é apresentador de um programa de videntes?
A sinopse é no mínimo hilariante e foi por essa razão que comprei o livro.

A última vez que li sobre estes deuses, aparte da escola e do gosto pessoal por mitologia, foi na saga Dark Hunter (Predadores da Noite da Sherrilyn Kenyon) da qual sou fã devota que já leu tudo o que havia para ler até ao último publicado, em inglês.
Já nessa saga, os deuses viviam no meio dos mortais, adaptados às mudanças dos tempos e consequente descrédito por parte dos adoradores de tempos antigos.
Neste caso, torna-se curiosa (e deveras cómica) a situação em que estes deuses vivem, desacreditados e quase que esquecidos numa casa a cair de podre no centro de Londres, bem longe dos tempos de glória em que eram venerados por milhões e inconformados com a perda de importância perante os mortais de hoje. Em "Errar é divino" assistimos a uma sucessão de tentativas frustradas de exaltação, que resultam quase sempre em rebuscados erros e mal entendidos.

Mortal ou imortal, todos cometemos erros e, por vezes, não nos bastam só as nossas capacidades. Precisamos que confiem em nós, no nosso poder e assim teremos tudo para ser bem sucedidos, até quando se trata de negociar almas com deuses do submundo.


Comecei a ler...

(excerto do livro aqui)
 
Outros livros de Cheryl Holt já comentados no Efeito dos Livros:
 
 

sábado, 22 de setembro de 2012

«Irmã» Rosamund Lupton - Opinião

Desapareceste? Vou à tua procura!

É esta a questão e a respectiva ordem que nos é dada muito antes de abrirmos o livro. Ordem essa, explícita logo nas primeiras páginas.

E você o que faria para encontrar a sua irmã?

Sentirmo-nos capazes de ser a própria Bee dá-nos criatividade, poder e protagonismo suficientes para com a nossa própria mente reescrever o rumo desta perseguição pela verdade e pela Tess. É isto que Rosamund Lupton consegue fazer com a sua escrita, levar-nos completamente para dentro do sofrimento desta família. O ritmo e o fluxo da escrita é tão intenso que o que lemos, baralha-se com o que queríamos estar a ler e de um momento para o outro estão a acontecer coisas que nós não queríamos que acontecessem.

A tristeza invade-nos e atingimos com a dura realidade, Tess morreu!
Não se zanguem, não contei nada que a contra-capa não revele... "(...) não posso voar até ao passado, virar na segunda estrela à direita e entrar pela janela aberta para te encontrar viva na tua cama."

"Faria qualquer coisa para ter uma segunda oportunidade..." porém, a saga de Bee não acabou, nem a dela, nem a nossa, pois tal como a opinião da People vocês irão mesmo adorar cada momento...

"- Já preencheu a sua ficha?
(...)
- Não estou aqui para uma consulta médica.
(...)
- Estou aqui porque a minha irmã foi assinada...
(...)
Por momentos, captei-lhe a atenção. O meu cabelo oleoso (...), a ausência de maquilhagem e os papos debaixo dos meus olhos. Viu os indicadores de dor, mas interpretou-os como sinais de loucura."

A forma abismal como o livro termina deixa-nos a pedir mais, a pensar em diversos caminhos, a desejar que aquele seja o desfecho real, mas poderá ser apenas um delírio? Um sonho?
Creio que Rosamund Lupton talvez nos poderá brindar com uma trilogia, quem sabe! Pois mesmo que ela afirme o que afirma na entrevista, isso não significa que pare por aqui, pois não!?


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Passatempo Scarpetta


Como mencionado na crítica da EfeitoCris sobre o livro, que podem (re)ler aqui, temos um exemplar do livro Scarpetta de Patricia Cornwell para oferecer. 
Seguindo as directrizes do 1º passatempo realizado, informo que o passatempo termina dia 7 de Outubro às 23horas, é válido para todos os residentes em Portugal Continental e Ilhas e o vencedor será escolhido via Random.org.

O envio do livro será efectuado por nossa conta, em correio normal. Se o vencedor desejar que o livro seja enviada em correio registado, deve solicitar essa opção e suportar esse custo.

Gostaríamos de alertar que o link de Partilha poderá ser de qualquer rede social/Plataforma Blog mas tem de ser público. As participações que incluírem o link desta publicação não contam e serão desclassificadas.

BOA SORTE!!


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jaime Bunda, o Agente Secreto, Pepetela - Opinião

Jaime Bunda ou Bundão, já que eu passei o tempo todo a chamá-lo assim.

Jaime Bunda é um detective, se é que podemos chamá-lo assim - esqueçam os c.s.i.'s charmosos, os polícias super sabidos e matreiros, os laboratórios cheios de novidades tecnológicas...
Imaginem antes, um negão ;) fisicamente evoluído, mais evoluído ainda na zona traseira, aquela que assenta, no caso dele, com uma certa dificuldade na cadeira e é ainda uma dificuldade maior para sair delas!
Já imaginaram!? Compreendo, não apetece! No entanto, é mais ou menos assim arranca a narrativa.

Esqueçam a maioria dos policiais, ainda assim as mulheres bonitas são ponto de honra, os crimes também e a corrupção igualmente, até os mal-entendidos que complicam a história, mas que, mesmo mesmo quase no fim, se desvendam num ápice e a força policial sai vitoriosa. E não pensem com isto que estou a adiantar-vos o final, nada disso!




O género policial de Pepetela não foge à regra dos comuns e tem de tudo um pouco, no entanto, não podemos esquecer que estamos em África e é o próprio narrador que afirma a lentidão, a corrupção, as missões pouco claras, vicissitudes do 3º mundo, é claro!
Pepetela consegue assim chamar à atenção para detalhes que são a regra e não a excepção, costumes enraizados que dificultam a evolução e o crescimento de uma sociedade e claro, do bom trabalho policial. É bom salientar que as suas descrições apesar do seu tom jocoso, são ao mesmo tempo uma critica social disfarçada já que o narrador está sempre a alertar para se tratar de uma obra ficcional ;)

Este foi o meu primeiro contacto com o trabalho do autor e não posso deixar de dizer que um tanto da sua linguagem, bem como do seu tom de gozação e até o ritmo desajeitado, reforçando mais o cunho desleixado do personagem principal, que vos arrancará umas quantas risadas, não me impactou ao início, mas depois, ah depois fiquei fã!

Os vocábulos usados em muitas descrições são ao mesmo tempo dignos de uma cena popular entre pessoas mais populares ainda, mas que nos reportam estrategicamente para o meio da acção, tornando a leitura muita mais evasiva. Definitivamente, Pepetela é um autor a repetir!

Recomendam algum?



Opinião - "A Força do Desejo" de Jess Michaels

Editora: Quinta Essência
Romances Sensuais

Sinopse
Ao entrar na sua sétima temporada sem namorado, Beatrice Albright começa a entender que a sua beleza não compensa a sua personalidade irritável. Na qualidade de mulher desesperada que ninguém deseja, tem de procurar um homem com quem nenhuma outra pessoa casará: o desprezado e misterioso marquês Highcroft, Gareth Berenger.
Correm boatos de que ele é um assassino, mas Beatrice tem mais receio de ficar uma velha solteirona na companhia da mãe, do que da obscura reputação de Berenger. Contudo, embora se sinta intrigado pela sedutora proposta da jovem, também ele tem uma proposta a fazer. Dotado de gostos particulares, não casará com nenhuma mulher incapaz de os satisfazer. A sua noiva tem de ser aventureira, sem medo de nada e ansiosa por experimentar todas as paixões e prazeres imaginários, por mais chocantes e proibidos que possam parecer. Se Beatrice concordar em tentar a experiência - se conseguir eliminar todas as suas inibições - os dois casarão.
Por conseguinte, os dados estão lançados enquanto Beatrice e Gareth embarcam num percurso erótico onde o perigo os espreita a cada curva, rumo a um mundo de êxtase, onde nada é proibido… nada é negado.
A minha opinião:
 É interessante conhecer este tipo de romances porque quando leio a contracapa ou um excerto da história fico com a sensação que são todos iguais ou deveras semelhantes. 
Não posso negar que é um "guilty pleasure", que aos olhos de muita gente este seja um género que não agrade ou não apresente interesse mas eu confesso que é um dos que gosto cada vez mais.

A história central das personagens é peculiar, duas pessoas sem hipóteses de contrair matrimónio na sociedade, por duas razões muito distintas, encontram num acordo mutuo a possibilidade de resolver essa situação casando um com o outro. Seria um enredo simples e fácil, sem oportunidade de devolver muito a narrativa, não fosse uma particularidade exigida por Gareth Berenger. Apenas e só se eles se derem bem e se Beatrice aceitar ceder aos seus invulgares gostos sexuais, é que é Gareth aceita casar com ela.
Um história de desejo, mistério, vingança e muito prazer. Promete fazer as delícias dos amantes do género!

Vejam as novidades da Colecção Romances Sensuais da Quinta Essência.
Em breve irei iniciar a leitura de "A Entrega Total" de Cheryl Holt, cortesia da Editoria Quinta Essência.

Novidades - Planeta

Li sobre este livro e fiquei extremamente curiosa de o ler. Mais um para a wishlist.

(mais informações na página da Planeta)

Não aprendemos porque somos inteligentes,
somos inteligentes porque aprendemos.

Albert Einstein só aprendeu a ler aos sete anos. A sua professora classificou-o como «lerdo de morte». Só à custa de muito sangue, suor e lágrimas conseguiu entrar na escola politécnica. Depois de terminar o curso, a sua tese de doutoramento não causou o menor impacte no júri que a avaliou; na verdade considerou-a «bastante medíocre». Apesar disso, Einstein acabou por se revelar um dos cientistas mais geniais do mundo. O que
se passou com ele não foi caso único; o mesmo aconteceu com Thomas Alva Edison, Michael Jordan, Graham Bell, Stanley Kubrick, Federico García Lorca… A lista de génios que foram maus alunos é, de facto, extensa.

Em Todas as Crianças Podem Ser Einstein encontrará soluções (apresentadas de forma prática) para orientar os filhos no sentido de tirarem o máximo partido das suas capacidades; a motivação adequada que possa fazer de cada criança, com utilização das capacidades intelectuais e das qualidades, um ser único e genial, que contribua para o progresso da sociedade em que vive, que seja feliz e faça felizes os que o rodeiam. Se o seu filho tem de
saber pensar, primeiro tem de ser ensinado a fazê-lo; se tem de resolver problemas, precisa de conseguir aptidões para os resolver; se tem de usar o cérebro de modo criativo, precisa de praticar a criatividade intelectual. E, para tudo isto, necessita de suficiente motivação e confiança em si mesmo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Começei a ler...


Editorial Presença
Coleção: Lado B
Nº na Coleção: 5


Sinopse:
Se os deuses são imortais, onde será que vivem e o que será que fazem em pleno século XXI? A resposta poderá surpreendê-lo. Sim, os deuses do Olimpo estão vivos, mas, como os seus poderes já não são o que eram porque já ninguém os venera, o seu dia-a-dia é muito pouco agitado. Um dia, porém, uma seta disparada por Eros vai instalar o caos entre deuses e meros mortais, com consequências hilariantes. Errar É Divino é um romance encantador e inteligente que lhe proporcionará inúmeros momentos de boa disposição.

Citações

«Habilmente imaginado e bastante consistente.»
The Guardian

«A autora fez um excelente trabalho - divertido e despretensioso, engenhoso e fácil de ler.»
The Observer

«Absolutamente delicioso.»
Scotland on Sunday





sábado, 15 de setembro de 2012

O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde - VEGA Editora - Opinião

O retrato é por definição a representação de uma figura elaborada a partir do modelo vivo. A difusão da arte de retratar acompanha os anseios da corte e da burguesia urbana de projectar as suas imagens na vida pública e privada, mas que retrato? É certo e sabido que qualquer pessoa deseja ficar bem no seu retrato, aliás a arte de pousar deve ser tão importante quanto a astúcia do retratista.


No entanto, a época da corte e dos anseios burgueses é agora outra, mas não deixam de ser conhecidas as famosas sessões fotográficas onde todos anseiam ficar bem representados e se possível com o melhor aspecto de sempre, afinal um retrato ou uma fotografia é um elemento perene. Um registo que se deseja que fique muito além da nossa própria duração.


Mas serão essas as aspirações do belo Dorian Gray?
Será que o seu desejo não é ainda mais grandioso?
Dorian Gray não quer que o seu retrato seja a fina flor da sua imagem, afinal o retrato estará numa parede, o dele ou o de qualquer outra pessoa, Dorian Gray quer ser ele a sua melhor representação, a sua beleza é o seu cartão de visita. O seu charme é um dom, uma entrada permanente para as festas e os eventos que lhe trarão os melhores conhecimentos e influências.
Dorian Gray (e não pensem que repito o seu nome ao acaso, repito-o para não ferir o seu narcisismo) é afinal Dorian Gray, reconhecido pela beleza, charme, juventude, orgulho, inocência, desejo e fama que o caracterizam. E é isso o mais importante a manter.

Afinal um retrato não será apenas a nossa aparência? Aquela que programamos e que queremos ver projectada num retrato? Quantos de vós gostam de fotos espontâneas? 
Quantos de nós gostamos, imediatamente depois do clique, apreciar a nossa aparência, postura, beleza, jeitos e trejeitos que tentamos encaixar nos que são correctos e expectáveis para a sociedade ou acontecimento em que estamos inseridos!?!?!

O melhor do livro é isto mesmo, fazer-nos pensar na nossa imagem, aparência e correspondência à realidade. A que somos e aquela em que nos vêem. 

Oscar Wilde encerra na sua escrita uma luta constante entre aquilo que poderá ser uma crise existencialista e ao mesmo tempo um modo de afirmação, expondo de forma atribulada e camuflada a homossexualidade. 

São páginas e páginas de divagações, dúvidas constantes que se espelham até aos nossos dias. Eternas questões.
"(...) não consigo ver qualquer semelhança entre você, com esse rosto rude e enérgico, o cabelo escuríssimo, e este jovem Adónis que parece feito de marfim e pétalas de rosa (...) é certo que o meu caro amigo tem um ar intelectual, mas a verdadeira beleza acaba onde começa a expressão intelectual."

"(...) é triste pensar nisso, mas não há dúvida de que o génio dura mais que a beleza. E isto explica o facto de nos esforçarmos tanto para nos cultivarmos de modo tão exagerado. Na luta feroz pela existência, queremos possuir algo de duradouro e, por isso, atafulhamos as nossas mentes de inutilidades e factos, na esperança absurda de conservar o nosso lugar."

As especulações e certezas de Harry podem deixar-nos, a nós mulheres, boquiabertas, é um misto de franqueza e pragmatismo, fruto de uma época, que no entanto continua em análise e é sempre interessante de discutir.

"Meu caro Dorian (...) há apenas duas espécies de mulheres: as simples e as pintadas. As mulheres simples são muito úteis, se quisermos obter reputação de respeitabilidade. (...) As outras mulheres são encantadoras, cometem, porém, um erro. Pintam-se para parecer jovens."

Poderia continuar e percorrer todo o livro, mas depois não vos restavam surpresas com os relatos e devaneios perdidos por estas linhas desconcertantes, por isso para finalizar, eis esta deixa sobre o estado que tantas vezes sentimos, o de conflito.

"O conflito é ser obrigado a estar em harmonia com os outros. O que é importante é a nossa própria vida. (...) Além disso, o individualismo tem realmente um objectivo mais elevado. A moralidade moderna consiste em aceitar o modelo da própria época. Considero que uma forma da mais grosseira imoralidade é o facto de qualquer homem de cultura aceitar o modelo da sua época."

É nessa imoralidade que nos é apresentado Dorian Gray!
É incrível como uma obra que data de perto de 1890 possa ser tão actual.





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Scarpetta de Patricia Cornewell, Opinião


La reina de la morgue, é assim que a revista "Que Leer" designa «Scarpetta» ou melhor a personagem criada por Patricia Cornwell. Há quase duas décadas que a autora tem dado o mote para que séries televisivas como CSI ou outras semelhantes povoem o nosso inconsciente com crimes, estudos forenses e mentes brilhantes que deslindam os mais complicados crimes, aliados a criminosos mirabolantes e que deixam perplexa a opinião pública com as atrocidades de que são capazes.

E como não seria excepção «SCARPETTA» é igualmente um policial recheada de acontecimentos científicos na sequência dos crimes horrendos.

A fixação de Oscar em Kay Scarpetta, o misterioso Gotham Gotcha, os típicos policias como Morales ou Marino ou os ratos de laboratório que por vezes só querem ajudar, mas só complicam; este livro é um verdadeiro episódio de CSI ou de Mentes Criminosas.

A descrição de cada decisão, personagem, relações, mistérios, casas, visões, ou até o trago dos whiskey's caros, o suor, o sangue, as dificuldades tecnológicas e todos os detalhes desta história aguçam ainda mais o seu ritmo e o desejo de descobrir quem afinal matou Terri Bridges.

No meio de tanto crime, seja dos sucessivos livros de Patrícia Cornwell, seja de tantas séries televisivas alusivas à ciência forense, parece-me a mim que o maior crime será: ser este o meu primeiro livro desta autora!
No entanto, acredito que o mesmo delito esteja a ser cometido por muitos outros leitores e blogueiros, pois foi difícil encontrar informação sobre a autora, os seus livros e sagas, pois existem poucos a referir-se a Kay Scarpetta ou Cornwell por si só. Porém, pelo livro que tenho em mãos, conto quase 20 livros publicados pela Presença.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Últimas aquisições à Biblioteca

Existem outros a caminho mas estes já estão a marcar lugar na fila de espera para a leitura. Bem, creio que o primeiro livro aqui apresentado é lido em 1hora e passa rapidamente ao monte das trocas ou à biblioteca dos Livros Lidos.

Autor: OLIVEIRA, Daniela
Género: Ficção / Contos
P.V.P.: 16,50€
Preço G&P: 3,00€ (Adquirido na Feira do Livro da Festa do Avante pelo mesmo valor)

Sinopse:
69 HISTÓRIAS SOBRE SEXUALIDADE. SEM PRECONCEITOS OU TABUS. PARA LER EM QUALQUER LUGAR.
Contadas de forma descontraída, mas vividas com uma intensidade inebriante, as 69 histórias de Daniela Oliveira falam das vivências e devaneios característicos de uma sexualidade livre, sem preconceitos. Com princípio, meio e fim, homens e mulheres cruzam-se, trocam olhares e conversam antes de partilharem o prazer carnal.

Um livro para ler com uma atitude positiva, que lhe proporcionará momentos de muito boa disposição ao relembrar um episódio vivido, uma confissão de uma amiga ou, quem sabe, um ímpeto secreto há muito contido.
 
 Autor: Alexandre Dumas
Book.It


Preço € 4,90

Sinopse:
Alexandre Dumas teceu as suas ficções sobre uma trama do século XVII, misturando personagens reais das mais altamente colocadas com personagens imaginárias, conseguindo colocar uma e outras no panteão dos imortais. A sua inspiração faz agir e falar o monarca absoluto Luís XIII e o temível cardeal Richelieu, Ana de Áustria e Buckingham, reviver toda uma época em que se sucedem as aventuras dos seus heróis, D' Artagnan, Athos, Porthos, Aramis e essa fascinante Milady, à volta da qual a acção se desenrola com inegável poder dramático. Gerações de leitores renderam-se a esta obra brilhante. E hoje, passado mais de uma século, o livro conserva todo o seu interesse e continua a ser adaptado ao cinema, televisão e mesmo a desenhos animados, transformando esta numa verdadeira obra para todas as idades.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Opinião - "O Circo dos Sonhos" de Erin Morgenstern


Um romance de magia e amor que está a encantar os leitores de todo o mundo através do fantástico poder da imaginação.

Um misterioso circo itinerante chega sem aviso e sem ser precedido por anúncios ou publicidade. Um dia, simplesmente aparece. No interior das tendas de lona às listas pretas e brancas vive-se uma experiência absolutamente única e avassaladora. Chama-se Le Cirque des Rêves (O Circo dos Sonhos) e só está aberto à noite.


Mas nos bastidores vive-se uma competição feroz – um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, que foram treinados desde crianças exclusivamente para este fim pelos seus caprichosos mestres. Sem o saberem, este é um jogo onde apenas um pode sobreviver, e o circo não é mais do que o palco de uma incrível batalha de imaginação e determinação. Apesar de tudo, e sem o conseguirem evitar, Celia e Marco mergulham de cabeça no amor – um amor profundo e mágico que faz as luzes tremerem e a divisão aquecer sempre que se aproximam um do outro.


Amor verdadeiro ou não, o jogo tem de continuar e o destino de todos os envolvidos, desde os extraordinários artistas do circo até aos seus mentores, está em causa, assente num equilíbrio tão instável quanto o dos corajosos acrobatas lá no alto.


(mais informação no sítio da Civilização Editora)
Como disse anteriormente, adoro a capa do livro.
Parabéns à Civilização e obrigada pela oportunidade.

A minha opinião:
Confesso que não sou uma grande amante de circo e embora tivesse a noção que o retratado no livro em nada seria semelhante a um que visitamos ou conhecemos em crianças, ia mais focada na história e na magia do que propriamente na descrição do Circo. No entanto, a autora é majestosa nos detalhes, visionamos o amontoado de tendas, os artistas e até cenas inteiras de ilusionismo pela boa descrição que nos é dada, tudo em dois tons, preto e branco. O circo é o ponto central do livro, tão grandemente ilustrado que por vezes ofusca a história das personagens principais, Celia e Marco. Ou será que na realidade a personagem principal é o próprio circo?

É um livro que nos cativa, não só pela perspectiva de descobrir a real história das personagens, mas pela oportunidade viajarmos na nossa imaginação e do nos apaixonar-mos pelo Circo. Não o que nos cativava em criança mas a versão que, como adultos, nos faz sonhar.

Para mim, o Circo nunca mais será o mesmo depois de O Circo dos Sonhos.

No entanto, embora tenha gostado do livro, sinto que falta algo na história dos protagonistas, mais acção, mais "duelo" por si só. Talvez seja influência das últimas leituras mas peço que tomem atenção à datas ao ler este livro. É importante perceber as datas para não perder o fim condutor da história.

Quanto à descrição que falo anteriormente, deixo-vos um dos meus momentos preferidos:

"...Ao abrir os olhos, Celia vê que estão num convés de um navio, a meio do Oceano. Só que este navio é construído de livros e as velas são formadas por folhas a esvoaçar, navegando por um mar de tinta completamente negra.
....
Celia aproxima-se da borda do convés, passando a mão pelas lombadas de livros formam a amurada. Um brisa leve agita-lhe o cabelo, trazendo com ela um odor a volumes poirentos e a tinta viscosa e intensa"

Achei lindo e digno de mencionar com uma das passagens que mais me deu gosto a ler, pelo amor aos livros, pela imaginação que eles cultivam em todos nós.

"O Circo dos Sonhos" é óptima leitura, uma soberba prenda de aniversário/natal (podem começar a pensar nas prendas para Dezembro), especialmente feita para os amantes da magia, do circo e de um pouco de romance.
Aproveitem, já se fala num filme para 2013.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Novidade - Quinta Essência

Mais um para quem gosta de Romances Sensuais, ou como os chamamos aqui, eróticos :)
2º volume da série «Casa do Prazer»


O amor surge onde menos se espera

Uma proposta ousada…
Forçada a casar muito nova, Abigail Beecham está farta do seu casamento sem sexo. Anseia por sucumbir aos prazeres deliciosos do puro desejo carnal sobre o qual apenas leu. Se o marido não é capaz de satisfazer as suas carências, ela está disposta a encontrar um homem que o seja…
Um passado diferente…
Peter Howard está habituado a pedidos sexuais fora do comum. Os seus dez anos como escravo num bordel turco tornaram-no um especialista nas delícias sensuais. Mas há pouco que realmente o excite… até conhecer Abigail. Agora vive para a provocar e atormentar até ela gritar de prazer. Talvez quando sentir finalmente aquela deliciosa sensação de felicidade por que tanto anseia…


«Subitamente, sentiu-se tomado pela inveja. Como é que todos os seus amigos tinham encontrado mulheres que os amavam? Por que motivo era ele o único que ainda estava sozinho? Talvez não tivesse tanto jeito para enganar as mulheres como pensava. Seria possível que elas sentissem o seu vazio interior, a sua falta de identidade, de família, de substância? Olhou para os retratos na parede, parcialmente ocultados pelas sombras. Embora Abigail acreditasse que não tinha nada para oferecer, tinha aquilo. Um nome de família do qual podia orgulhar-se e um marido que estava disposto a fazer tudo para lhe dar o filho que desejava.»

«Pearce traz uma versão interessante do habitual enredo com “lições de amor”, onde tanto o marido como a mulher recebem treino erótico de um mestre. Com pormenores históricos, um grande desenvolvimento das personagens, um ligeiro mistério, relações ternas e sexo escaldante, há algo para todos.»
4 Estrelas, Romantic Times BOOKreviews

«Peter, Abigail e James são inesquecíveis à sua maneira, e esta história cativante revela as suas verdadeiras naturezas. Escravos da Paixão é deliciosamente perverso mas também comovente e gratificante.»
SensualReads.com