domingo, 29 de dezembro de 2013

Opinião "A Caminhar para o Desastre"

Quem ainda não se tinha apaixonado por Travis Maddox, tem aqui a sua oportunidade.
Estou a brincar!
:)
Temia ler esta história do ponto de vista do Travis, visto que é escrita por uma mulher mas acho que bateu no vinte. Cresci rodeada de amigos homens e ainda hoje, se me derem a escolher, sou capaz de preferir sentar-me a beber café com mais homens que mulheres, desde que estes tenham alguns dedos de testa que se traduzam em conversas minimamente civilizadas e interessantes. Foi curioso ler a história do ponto de vista masculino porque a mesma história nunca é contada da mesma maneira por pessoas diferentes e o que recordamos, sentimos e experienciamos depende sempre da pessoa que somos e do nosso passado. Conhecer o ponto de vista de Travis preencheu as lacunas deixadas no primeiro livro. Em “Um Desastre Maravilhoso” a grande maioria de nós é capaz de terminar o livro a dizer que Travis é um brutamontes mas com este livro acabamos por perceber que há mais para descobrir debaixo da faceta do durão que ameaça tudo e todos. 
Compreendemos que Travis sempre viveu de acordo com a última coisa que a mãe lhe disse antes de falecer.
«Ama intensamente…Luta ainda mais intensamente…»


A minha tentativa de booktrailer

Claro que nem sempre era necessário levar a expressão tão a peito e partir tudo o que lhe aparece pela frente mas ficamos a conhecer os seus pensamento nas situações em que mais vontade tive de lhe dar com o livro na cabeça enquanto lia "Um Desastre Maravilhoso".
Embora Travis seja uma descrito com um rapaz inteligente (além de giro), tem um pavio curto, consequências de ter crescido no meio uma família exclusivamente masculina que resolvia muitas das questões à porrada. Dessa educação à bruta, Travis herdou grande capacidades de luta e é nos combates ilegais que ganha o dinheiro necessário para viver confortavelmente e a ter, basicamente, tudo o que quer, mesmo no que toca a mulheres.
Abby foi a excepção, porque foi a primeira que aos seus olhos seu deu ao respeito e que não lhe saltou para o colo na primeira vez que o viu.
Sem dúvida, a relação de Travis e Abby é um desastre, uma história em que quando se dá um passo à frente se dão logo dois atrás mas era inevitável.
Como Travis diz
"Embora tivéssemos feito a vida um ao outro num inferno, a verdade é que tínhamos encontrado o céu. Talvez fosse mais do que o merecido por um casal de pecadores..."

Que mais posso dizer para vos convencer a ler este livro?
Estou cheia de vontade de fazer uma tatuagem, de andar de mota (para não dizer comprar!) e de ler o terceiro livro. Depois do epílogo que tanto me surpreendeu no final do livro, não se podia esperar outra coisa.
 Pergunto-me, o que nos espera em "A Beautiful Wedding"?

Hey, não é spoilers, ou acham que depois de contornar dezenas de obstáculos estes dois não tinham um final feliz?!
Claro que sim!

O terceiro livro foi lançado na versão original no início deste mês e esperamos ter notícias sobre o lançamento em português até ao final do ano :)

Já se fala numa adaptação cinematográfica mas as notícias que encontro são do ano passado e até agora, nada mas, vamos esperar :)



Uma leitura com o apoio 
http://www.planeta.pt/livro/um-desastre-maravilhoso

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Resultado - Passatempo Especial Natal - Editorial Presença - Livros em família


Livros a pensar na família.
Com o apoio da EDITORIAL PRESENÇA temos para sortear em conjunto:
Lisboa - A cidade Vista de Fora, 1933-1974, de Neill Lochery
O Caderno do Avô Heinrich, de Conceição Dinis Tomé.
Para ler mais sobre os livros carregue sobre os títulos e leia as primeiras páginas directamente no site da editora.

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RESULTADO PASSATEMPO

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Com 626 participações, a participação vencedora foi a Nº 278 Mafalda Rojão
Aguarda o nosso contacto para que nos indiques os teus dados de envio.
O envio será efectuado pela editora.
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Agradecemos à
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Resultados - Passatempo - O Espião Português

Em parceria com o autor, Nuno Nepomuceno, é ele que traz até nós a possibilidade de sortear «O Espião Português» mesmo a tempo do Natal.


O Espião Português, Nuno Nepomuceno. 
Prémio book.it 2012 E se toda a sua vida não passar de uma mentira?
Vejam mais aqui: http://www.nunonepomuceno.com/
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RESULTADO PASSATEMPO

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Com 503 participações, a participação vencedora foi a Nº 29 Joana Esteves
Aguarda o nosso contacto para que nos indiques os teus dados de envio.
O envio será efectuado pelo autor, Nuno Nepomuceno.
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Obrigada ao Nuno por esta leitura e por este passatempo.

Resultado - Passatempo Especial Natal - Clube do Livro SIC - Pack

Em parceria com a Guerra e Paz Editores:


Os livros que estamos a sortear estão todos no TOP Nacional de Vendas, na categoria Não-ficção.
Para saberem mais sobre cada um:
«Acreditar, Rezar, Amar»;
«O Meu Médico de Família»;
«A Vida de Jesus»

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RESULTADO PASSATEMPO

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Com 792 participações, a participação vencedora foi a Nº 82 João M. Rocha.
Aguarda o nosso contacto para que nos indiques os teus dados e escolhas o teu brinde surpresa,
O envio será efectuado pela Guerra e Paz Editores
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Obrigada à Guerra e Paz Editores por mais este apoio.
Uma escolha,

Resultado - Passatempo Especial Natal - Marcador - Allan Percy





Com o apoio da MARCADOR temos a oportunidade de vos trazer dois bestseller de Allan Percy:
- Einstein para despistados - vejam mais aqui
e
- Kafka para Sobrecarregados - vejam mais aqui


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RESULTADO PASSATEMPO

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Com 685 participações, a participação vencedora foi a Nº 486 Filipa Abrantes
Aguarda o nosso contacto para que nos indiques os teus dados e escolhas o teu brinde surpresa,
O envio será efectuado pela MARCADOR
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Obrigada à MARCADOR por mais este apoio.


Um passatempo com o apoio 

Resultado - Passatempo Efeito dos Livros - Quetzal - O Herói Discreto de Mario Vargas Llosa


É com enorme prazer que antes de fecharmos o 2013 temos a oportunidade de celebrar a parceria Quetzal, que tanto livros bons nos tem dado a ler, mas desta vez com um passatempo e que passatempo. 
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Com 593 participações, a participação vencedora foi a Nº 304 Ricardo Martins
Aguarda o nosso contacto para que nos indiques os teus dados,
para posterior envio do livro pela QUETZAL
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Para obter mais informações acerca deste livro e ler um excerto da obra, clique aqui.

Obrigada à QUETZAL por mais este apoio.

Resultado - Passatempo Chiado Editora - «Da Cozinha com amor»



«DA COZINHA COM AMOR» é um mimo de Natal.
Um livro que promete saborear e amar ao mesmo tempo. 
Um compêndio de receitas que querem despertar o seu lado mais romântico.
;)
Saibam mais do livro aqui, no site da CHIADO EDITORA.


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Com 424 participações, a participação vencedora foi a Nº 108  Rita F. Oleiro
Aguarda o nosso contacto para que nos indiques os teus dados,
para posterior envio do livro pela Chiado Editora.
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Para obter mais informações acerca deste livro e ler um excerto da obra, clique aqui.

Obrigada à Chiado por mais este apoio.


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Dê/Troque Livros :)

No Efeito dos Livros gostamos sentir que os livros foram tocados e nos tocaram durante a leitura. Após uma, duas ou dezenas de leituras, nossas, de familiares ou amigos, os livros já não estão como quando saíram da livraria. Para nós, isso não tira valor ao livro, o conteúdo continua a ser o mesmo.
Somos a favor dos livros, novos ou velhos, com cantos dobrados, sublinhados, com as lombadas vincadas...somos a favor dos livros amados.


No entanto, alguns livros não nos tocam assim tanto. Por esse motivo, que melhor destino para esses exemplares que as mãos de familiares, amigos e outros amantes de livros que os possam admirar.
Seja uma oferta, uma prenda ou uma troca, façam os livros circular.

9 motivos para DAR LIVROS usados

Há diversos motivos para se oferecer ou doar os livros que temos nas estantes, dos mais eruditos aos mais práticos:

1) Espaço: se gosta de ler e tem possibilidade de adquirir novos livros, está sempre a aumentar a colecção. Que tal aproveitar para criar espaço na estante para novos livros?

2) Limpeza: os livros (quando parados) juntam pó. Tenha mais tempo para ler e gaste menos tempo a limpar estantes.

3) Simplicidade: A sensação de simplicidade e organização. Aproveite para reorganizar os seus livros :)

4) Pare de se importar com empréstimos que não voltam: Regra de Ouro: Empreste aquilo que não se importaria de oferecer MAS quando empresta os livros que adora, confirme que a pessoa é igualmente uma amante de livros e que respeita as suas regras quanto ao tratamento dos livros e aos prazos de leitura/devolução.

5) Colaborar com a leitura: oferecer um livro pode ser um passo para mudar a vida de alguém. Há livros que mudam a vida das pessoas e outros que as fazem apaixonar-se pela leitura.

6) Partilhar as suas preferências: ao oferecer livros de autores que gosta, ganha alguém com quem conversar sobre eles.

7) Ser generoso: a generosidade é uma qualidade que é um bem em si e quem já descobriu sabe do que falo. Por exemplo, a gratidão de um amigo que descobriu um novo autor graças a si, não tem preço!

8) Exercitar o desapego: poucas coisas são realmente essenciais. Os livros, o seu conteúdo e o seu objetivo de disseminar ideias são. Mais importante que o ter, é a experiência que se extrai do que se leu, se tem e do que se dá

9) Ecologia: Se dá valor aos livros de papel, mas também às árvores, dar livros usados permite partilhar a experiência de ler a partir de um livro físico sem matar mais árvores.

Livremente adaptado a partir de: http://armazemcultura.com.br/
e com retoques de uma entusiasta de livros em segunda mão, de trocas e de livros....em geral!!

Opinião :: "Um Desastre Maravilhoso"

"Um Desastre Maravilhoso" é um livro que se adora ou odeia.
Podia ser a clássica história romântica sob o tema "ele é um bad boy com um coração mole e vou ser eu a mudá-lo". No entanto, essa nunca foi a intenção de Abby, ela nunca pensou se envolver com Travis, como percebemos logo de início.
 Em "Desastre Maravilhoso" somos assoberbados pela história de Travis e Abby e só caminha para o desastre, que gostar deste primeiro livro.


Travis tem todas as caracteristicas de um bad boy. A atitude confiante, a má reputação, o role de mulheres atrás dele, a mota e as tatuagens (vá, e o ar de mauzão que bate em todos, porque na realidade, bate em todos!)
É Abby a personagem interessante e central em "Um Desastre Maravilhoso". Começamos o livro com a ideia que ela é uma miúda calminha mas cedo descobrimos que o passado, por mais que o tentemos esconder e fugir dele, acaba sempre por nos alcançar e magoar. Inicialmente, é essa mesma fachada que Abby transmite de modo a afastar Travis, assim como o desprezo por ele e pelo estilo de vida despreocupado e leviano que ele leva. Mostrar indiferença sempre resultou com as mulheres (para mal dos nossos pecados!). Para Travis foi exactamente o mesmo. Desde o primeiro momento em que colocou os olhos em cima de Abby e esta não pareceu minimamente interessada na sua pessoa, ele sabia que não morria sem tentar perceber a opinião que ela tinha dele e de a fazer mudar de ideias. Travis gosta de um desafio e eu compreendo-o, porque eu também não resisto ao ser desafiada!

 Uma aposta, uma promessa de amizade, uma presença constante na vida um do outro e até a vã tentativa de resistirem a estar juntos. A história de Abby e Travis é tão atribulada como as suas vidas.
Há amores que, aos olhos da grande maioria das pessoas, é coisa de loucos. O de Abby e Travis é a loucura personificada num casal. A expressão “só se estraga uma casa” não poderia ser usada numa melhor situação. Vício, obsessão, violência, são três palavras fortes mas que caracterizam a vida e a relação de Travis e Abby. Isso contrabalançado com um amor desmedido e carências familiares e afectivas, temos em “Um Desastre Maravilhoso” os ingredientes para um romances disfuncional, louco e irracional.
Mas quem nunca esteve estupidamente apaixonado e fez mil e um disparates, que atire a primeira pedra!
Sim, a dependência de Travis por Abby roça o insano e mergulha de cabeça na piscina da instabilidade mental e emocional. A história retrata com uma intensidade tal a realidade de muitos jovens casais (e até alguns não tão jovens) mas não é por isso que deixa de ser viciante e de estar simplesmente bem escrita de modo a cativar quem a lê. Sabemos muito bem que há pessoas que elevam as suas emoções aos pícaros e não pensam nas consequências até ser tarde de mais. Sabemos acima de tudo que não existem dois amores iguais e que as relações entre as pessoas são complicadas.
Garanto que esta é uma daquelas que incendeia tudo à sua volta!

No entanto, façam lá uma série ou um filme disto, é entretenimento garantido. E na realidade, imaginar Travis é óptimo mas vê-lo em acção seria ainda melhor.
Vá, everyone loves a bad boy!

Vejam um booktrailer feito por um fã.

O segundo volume "A Caminhar para o Desastre" foi lançado em Portugal no passado mês de Novembro e eu já o li todinho. No segundo livro temos a oportunidade de ver a história do ponto de vista do Travis e pelo que li, é ainda melhor do que o primeiro, até porque já sabemos a história, estamos é a vê-la do ponto de vista contrário. Existem sempre dois lados para cada história.
Querem ficar a conhecer a confusão que é a cabeça de Travis Maddox?
Esperem pela crítica ao livro e aproveitem para participar no passagem para ganhar os dois livros de Jamie Mcguire, o passatempo termina hoje.

Uma leitura com o apoio
http://www.planeta.pt/livro/um-desastre-maravilhoso
Para mais informações, consultem o site da Editora.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um bom Natal Literário



O Efeito dos Livros agradece todos a amizade e dedicação dispensada ao nosso projecto. Este vício que é a leitura tornou-se quase que uma missão e 2013 foi, sem dúvida, um ano decisivo. Porém, sem vocês, nada teria sido igual. Se hoje em dia estamos com 3853 seguidores é porque vocês estão aqui e nos ajudaram a atingir esta meta.


A todos um enorme obrigado, continuem a acompanhar-nos durante o próximo ano, que nós continuaremos a dar e fazer o nosso melhor.

Que 2014 seja uma ano produtivo, criativo e altamente literário.

Felicidades para todos e um santo Natal.
PS: Esperamos que debaixo das vossas árvores estejam muitos livros para vos acompanharem durante o próximo ano e todos os que se seguem.

Um abraço da Elsa, Cris e Paulo

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

«amor.ódio» de Vítor Hugo Carmo - Lançamento

Uma novidade ALFARROBA:


O primeiro livro de Vitor Hugo Carmo teve lançamento no passado dia 14, na Ler Devegar, leiam mais aqui no Blog da Editora.


Sinopse
David Boaventura é um vendedor de bíblias que não acredita em Deus, um profeta de rua descrente a viver na linha ténue entre o amor e o ódio. 
A itinerante desordem do destino cai aos pés de David, que começa a viver entre o amor a Ester Flor e o ódio a Elias, um padre com segredos obscuros, que arrasta o vendedor de bíblias e os seus amigos – Adolfo e Gabriel – para uma guerra silenciosa.

Leia os primeiros sentimentos, aqui.


Um corvo para Bruno Vieira Amaral


A esta receção crítica e mediática (pública), e à dos leitores (menos publicada), juntámos um corvo. As Primeiras Coisas, o romance de Bruno Vieira Amaral, foi escolhido como o Livro do Ano, nos Prémios Time Out Lisboa 2013. Parabéns, Bruno!




Excerto do meu artigo de opinião:

"Prédios" é o meu capítulo favorito, pela dureza, fria e áspera como o cenário de betão que compõe muitos bairros Amélia e nos relata os tais "estendais de gente mórbida"...
"Tal como os seres humanos, as cidades, as vilas, os bairros adaptam-se, têm movimentos orgânicos, desenvolvem-se, crescem, certas zonas são como células cancerígenas, outras como defesas imunitárias contra o desespero..."

Só resta perguntar, em que célula estamos nós?

Leiam mais aqui: http://efeitodoslivros.blogspot.pt/2013/11/as-primeiras-coisas-bruno-vieira-amaral.html


Uma edição QUETZAL

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

«A Casa com Alpendre de Vidro Cego» de Herbjorg Wassmo - Opinião


É impossível ficar indiferente a este «A Casa com Alpendre de Vidro Cego» da norueguesa Herbjorg Wassmo!

"A poesia espera emboscada nos pormenores - no abençoado gotejar do caleiro partido, por exemplo. Porém, este era tão tímido e esquecido quanto uma criança miserável que ninguém ama ou cuida." (pág.26)

E assim começa a poesia e a magia deste livro. Como que um binómio, onde a tudo o que é belo, corresponde algo monstruoso e nefasto. Onde a tudo o quanto é mágico, corresponde a algo tenebroso. 

"A magia de se estar vivo raramente ocorria a qualquer uma dessas pobres pessoas. Para isso, eram precisas, pelo menos, ventanias fortes e naufrágios." (pág.27)

Sem dúvida! É nessas ventanias e naufrágios da vida, que Tora, a nossa personagens principal, se vai, ora afogando, ora nadando para longe, entortando-se conforme o lado para onde o vento sopra mais forte, mas também resistindo como uma árvore rija, de folha persistente.

Tora persiste à descendência de "fedelha alemã", contornando a aspereza de uma população que a olha de lado. O seu tom ruivo de tranças enredadas relembra-a todos os dias, as diferenças, mas igualmente uma força que não a deixa render-se.
A crueldade, esse lado duro e frio - tão bem descrito por todo o livro - mistura-se com os tons agrestes de uma vila piscatória de beira mar, assombrada pelas dificuldades de subsistência que também condicionam a vida de Tora. 

A ausência da mãe, Ingrid, trabalhadora e ganha pão da casa, aumenta as investidas nocivas de um padrasto bêbado e violento, que vê nela um abrigo para as suas falhas, silenciando nela as suas investidas nocturnas. Transtornada e assombrada pelo negrume em que vive, Tora refugia-se nos ensinamentos e desafios da professora Gunn e da tia Rakel, duas mulheres de força, pouco subjugadas e menos ainda rendidas às evidências. 

"O pai delas era um homem pequeno e grisalho que nunca batia com as portas (...) um género de sombra amena a quem ninguém prestava atenção..." (pág.45) mesmo descrevendo com beleza e mestria, Wassmo revela uma comunidade repleta de homens não assim tão rijos como seria de esperar e mulheres lutadoras e que estavam lá para marcar a História.

Sendo, «A Casa com Alpendre de Vidro Cego» o primeiro volume de uma trilogia, quem sabe, este relato histórico continua pelos anos afora, testemunhando a vida de Tora, como se espera, mas também, nos ensinando a história do próprio país, sem que para isso recorra a relatos intrincados ou desnecessariamente detalhados. É na simplicidade que Wassmo ganha fãs.
Porém, a meu ver, essa simplicidade é mascarada, já que a densidade está nas personagens e nos seus actos. Resta ao leitor, desmembrar e visualizar as várias camadas que o texto comporta em si.
"As histórias esperavam por ela, lá, junto às paredes, nas sombras da mobília, entre as vigas atravessadas no tecto. 
As melhores tinham sempre um pai que regressava." (pág.65)

É nesta, quase ansiedade que esperamos que o sol brilhe para Tora. Que as suas histórias se escrevam por linhas direitas e as alegrias de estar vivo sejam mesmo alegrias. Um relato repleto de pequenos detalhes, rebuscados, mas igualmente simples, pormenores de uma vida pobre, onde a felicidade é ter um par de botas (disponíveis), ou um caderninho e um lápis escondido, como um tesouro... 

É a densidade da dor e a dureza de vidas como a de Tora ou a de Sol que amplificam todas as imagens que este livro cria na nossa cabeça. Somos incapazes de não verter uma lágrima quando lemos o capítulo do quarto malcheiroso de Elisif e a separação da família. É quase que descabido que a menina se chame Sol e viva num local tão pouco acalentado por ele. É nestas metáforas e jogos de palavras que a escrita de Wassmo se torna ainda melhor.

Mesmo descrevendo o feio, o frio, o áspero, Wassmo é belíssima:
"Por outro lado, a luz sobre a mesa brilhava nas suas caras pálidas e indefesas, e transformava todas as linhas do rosto numa cicatriz de cirurgia mal curada, e todas as borbulhas, num desafio nojento e pouco chamativo." (pág.116)

A desumanização que se encontra neste livro é descrita de uma forma tão tocante que volta a reanimar o lado romântico e até sonhador de qualquer desumanizado:

"Bom dia, Tristeza" poderia ser o hino dos dias de Tora, mas não... "Quando Tora lia, quase tudo o resto perdia importância." ... "Era por isso que Tora remava sempre de frente."
e
Ver o amor como "um domingo no verão." é brilhante!!!



Não resisti a uma pequena sugestão sonora. Mais pela sonoridade do que propriamente pela mensagem. 
Espero que gostem.

Uma edição ARKHEION, veja mais aqui.

Opinião :: Frutos Proibidos - Sylvia Day

Cada vez que acordar cansada, espero que seja por ter sido visitada nos meus sonhos por um Guardião. Tal como Lyssa, eu também nunca me lembro dos meus sonhos e quando acordo com ideia do que sonhei, sinto um apagador instantâneo no momento em que o dia-a-dia começa e eu me distraio.

Sinopse
Há prazeres sensuais que só podem ser desfrutados durante a noite…
Existem guardiões imortais que protegem os nossos sonhos. Sem sabermos, todos somos presas de obscuros inimigos que se alimentam dos nossos receios mais profundos. O capitão Aidan Cross é um desses guardiões e chega no crepúsculo, entre o sono e a consciência, para satisfazer os desejos mais secretos de Lyssa Bates.
Quando se encontram nos sonhos, ela sente que nunca experimentou tal êxtase, rendida ao homem cujos enigmáticos olhos azuis prometem tentações e prazeres. Mas este estranho, este amante e sedutor imortal, não passa de um fantasma nas suas fantasias nocturnas… até ao momento em que aparece à sua porta, em carne e osso.
Lyssa nada mais deseja do que entregar-se a ele, mas um grave perigo rodeia o capitão Aidan Cross. Ele encontra-se numa missão secreta e a paixão carnal que os consume a ambos poderá ter pesadas consequências para o mundo dos sonhos… e, mais grave, para o mundo real. 
A minha opinião:
Para Lyssa, nem as tarefas do seu dia a dia a conseguem distrair do cansaço extremo que sente por tantas noites mal dormidas, faz já tanto tempo. A primeira noite de descanso para Lyssa (por desgasto e felicidade pós-coital) acontece no dia em que Aidan se junta a ela em sonhos. Aidan é um Guardião, um ser imortal que protege, conforta as sonhadoras no Crepúsculo, no mundo dos sonhos. Se cada Guardião tem uma especialidade, a de Aidan é seduzir, satisfazer e extasiar a sonhadora que visita. Ele encarna os sonhos e desejos mais eróticos das pessoas que visita. A química entre Aidan e Lyssa é instantânea, visível até no escuro, como se brilhasse, é palpável a atracção que começam a sentir um pelo outro, só pelo timbre da voz, o calor ou a personalidade que deixam transparecer na presença um do outro.

A loucura instala-se ao primeiro toque e sabemos que desse momento em diante Aidan e Lyssa fazem tudo para ficar juntos enquanto forças alheias os afastam. “A Chave, a Fechadura e o Guardião” não podem estar juntos e começamos a perceber isso entre os encontros tórridos dos dois, as dúvidas de AIdan e a toda a história do Mundo dos Guardiões. Com um balanço extraordinário entre as temáticas que compõem este livro (talvez com um excesso de ordinarice, como diz a minha mãe), confesso que não me sentia tão interessada numa história e na sua continuação como quando li, religiosamente uns atrás dos outros, os livros da saga Predadores da Noite, de Sherrilyn Kennyon. Na realidade, encontro uma semelhança entre os Dream Guardians de Sylvia Day e os Dream Hunters de Sherrilyn Kennyon. Ambas as histórias são cativantes, prendem-nos aos personagens e com este livro, ficamos sempre a conhecer a personagem do
próximo, algo que sempre me agradou. Quer uma série, quer outra, apresentam-nos mundos fantásticos, alternativos, viciantes, sedutores e de fazer crescer água na boca. Se estão ressacados de uma boa história fantástica com cenas “porcas” à mistura, então este é o fruto proibido e mais apetecido, este livro é o prazer da noite, para ser desfrutado a qualquer hora do dia e garanto-vos que vão ler (em pouco tempo) e acabar a chorar por mais.
  Quem não quer provar um fruto proibido?
 O segundo volume ainda não tem data de lançamento em Portugal mas eu já estou a guardar espaço na estante. “Heat of the night” dá continuidade a "Pleasures of the night" traduzido no nosso país para Frutos Proibidos.
Quem quer trincar a maçã? 
Já que não se pode trincar o Guardião!

http://www.saidadeemergencia.com/produto/frutos-proibidos/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Opinião :: "A Biliotecária de Auschwitz"

Como disse durante a leitura: 
"Ler este livro é ver pequenas flores nascerem no meio das cinzas, pequenos pontos de esperança a surgir onde não esta existe, onde ninguém consegue viver, só existir. É ver pequenos meios sorrisos num povo massacrado e saber que os livros são os responsáveis, que esse objecto que tanta gente ignora, é sem dúvida, um bem precioso"

 » Excerto «

Sinopse
Um emocionante romance baseado na história verídica de uma jovem checa, a bibliotecária do Bloco 31, de Auschitwz – Dita Dorachova – com quem o autor teve oportunidade de falar e que resgata do  esquecimento uma das mais comoventes histórias de heroísmo cultural.

Minuciosamente documentado, e tendo como base o testemunho de Dita Dorachova, a jovem bibliotecária checa do Bloco 31, este livro conta a história inacreditável, mas verídica, de uma jovem de 14 anos que arriscou a vida para manter viva a magia dos livro, ao esconder dos nazis durante anos a sua pequena biblioteca, de apenas oito volumes, no campo de extermínio de Auschwitz.
Sobre a lama negra de Auschwitz, que tudo engole, Fredy Hirsch ergueu uma escola. Num lugar onde os livros são proibidos, a jovem Dita esconde debaixo do vestido os frágeis volumes da biblioteca pública mais pequena, recôndita e clandestina que jamais existiu.
No meio do horror, Dita dá-nos uma maravilhosa lição de coragem: não se rende e nunca perde a vontade de viver nem de ler porque, mesmo naquele terrível campo de extermínio nazi,
«Ler um livro é como entrar para um comboio que nos leva de férias.»

A minha opinião: 
Este livro é lindo, é curioso dizer isto sobre um livro passado em Auschwitz mas é verdade. É uma história de esperança, de perseverança, de amor aos livros e que tem uma personagem muito grande, Edita Kraus, mesmo nos seus 14 anos. Edita Kraus é a bibliotecária de Auschwitz e nós começamos a gostar dela logo nas primeiras páginas. Saber que este livro fala sobre pessoas reais, mesmo estando romanceado para colmatar a falta de informação sobre pessoas ou detalhes, faz-me querer pesquisar mais, especialmente sobre estas réstias de esperança que possam ter aparecido no meio do desespero, da fome e da desumanização que era Auschwitz.
Claro que romantizar uma história passada campo de concentração não lhe tira o horror inerente a toda esta época, a tudo o que os nazis fizeram e ao quanto é importantes termos em mente, hoje e no futuro, que é necessário dar valor a todos os seres humanos e que nunca mais se deve submeter NINGUÉM a tamanha atrocidade.
A temática da 2ª Guerra Mundial, em especial o Holocausto, sempre mexeu muito comigo. Foi sem dúvida a matéria que dei com mais fervor em História e continua a ser um tema que me interessa muito mas há sempre uma parte de mim, bem além da curiosidade, que não consegue deixar de pensar no que as pessoas sofreram e no quanto somos abençoados por nunca ter de passar por algo assim.
Conhecer a história de Edita prova-me, uma vez mais, que lado a lado com a minha curiosidade sobre a época, tenho algo cá dentro que arde cada vez que leio sobre as condições desumanas que os prisioneiros dos campos viviam e como foi complicado sobreviver com os traumas físicos e psicológicos causados pelo tempo passado nos campos.
Ler esta entrevista a Dita depois de ler terminado o livro, fez-me sorrir quase ao mesmo tempo que me apetecia chorar. Ao longo do livro vamos criando uma ligação com Dita mas começamos a querer saber mais sobre ela e os outros personagens, queremos que nada de mal se passe com eles, mas é impossível.
Depois de ler o livro dei comigo perdida umas horas na net a pesquisar sobre Auschwitz, as personagens, as fugas e dei de caras com alguns links que não posso deixar de partilhar convosco.

Entrevista a Dita Kraus
Entrevista de Dita Kraus ao La Vanguardia (em espanhol)
Artigo Radio Praga sobre a publicação do livro na língua materna de Dita, o Checo
e as magnificas opiniões sobre o livro no Goodreads

Dita tem 84 anos actualmente, vive em Israel e é viúva de Otto Kraus (que conheceu não posso dizer onde porque detesto spoilers)
Dita Kraus com Antonio Iturbe em Barcelona na altura do lançamento do livro
Dita confessa que ainda não leu o livro mas que já sabe ter sido retratada como uma heroína e não concorda. Para mim, ter sobrevivido e ser a fiel guardiã dos livros do pavilhão das crianças em Auschwitz fazem-na ser uma grande mulher e uma heroína aos meus olhos.

Se depois de lerem este livro, não tiverem vontade de o abraçar, sugiro que comecem de novo para que possam encontrar a mesma chama que me atraiu a mim.
Este livro é uma grande homenagem aos homens e mulheres que padeceram em Auschwitz e, acima de tudo, aos que sobreviveram e estão ainda hoje entre nós para contar a história, por mais dolorosa que seja.
  "A Biliotecária de Auschwitz" é igualmente uma ode aos livros, ao seu poder curativo e de abstração. Se um livro hoje em dia pode fazer maravilhas para nos distrair dos pequeninos problemas que temos no dia a dia, imaginem o quanto não é poderosa a sua magia para ser capaz de fazer alguém esquecer, mesmo que por momentos, que se encontra em Auschwitz.

E como isto me pergunto "como é que alguém é capaz de não gostar de livros?"
E vocês, ficaram curiosos?
Esta é uma boa prenda de Natal!
Boas festas e
boas leituras!

Longe de atingir a meta para 2013!

Quando revi os livros lidos em 2012, lancei um desafio a mim mesma "LER O DOBRO". Talvez tenha sido um pouco ambiciosa em querer ler 66 livros quando o tempo que tenho para ler é praticamente o mesmo que era no ano passado.
No entanto, estou a 7 livros de atingir a meta proposta mas faltam menos de 15 dias para o fim do ano e com as festas pelo meio, não vou lá chegar.
Já é uma vitória ter lido 56 livros até agora mas detesto não conseguir cumprir com aquilo que me proponho fazer.


 

   


      2013 Reading Challenge
   


       

          2013 Reading Challenge
       

     

        Elsa has
             read 56 books toward her goal of 66 books.
     

     

       
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E vocês, quantos livros leram este ano?
Ainda se lembram do primeiro? 
Qual o que mais gostaram?

Eu estou a preparar um post semelhante ao do ano passado, com o resumo de todos os livros lidos em 2013.

O preferido?
Ainda me estou a decidir, escolher só um é sempre tão difícil. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Opinião :: "S.E.C.R.E.T Partilhado"

Em S.E.C.R.E.T não há não juízos, limites ou vergonha mas em como tudo na vida, por vezes, as decisões que tomamos nem sempre têm o resultado esperado.
E mesmo após todos os passos dados na direcção certa, o caminho percorrido pode continuar a ter obstáculos intransponíveis.
Quando não há mais nada a fazer pela nossa causa, então mais vale canalizar a nossa energia em ajudar os outros.
É exactamente essa a premissa de S.E.C.R.E.T Partilhado.

» Excerto «

Se no primeiro volume vimos as mudanças positivas que aconteceram na vida de Cassie ao entrar no S.E.C.R.E.T, neste segundo volume temos oportunidade de a ver orientar a sua primeira candidata Dauphine.
Para Cassie a sua auto-confiança recém adquirida não é suficiente para orientar mais ninguém, tendo em conta todas as situações complicadas com que tem de lidar na sua vida pessoal e profissional. Com ajuda da sua orientadora, não só consegue encontrar uma nova candidata como acaba por a encaminhar para os seus primeiros passos com um elevado grau de sucesso.
Em S.E.C.R.E.T Partilhado conhecemos Dauphine, dona de uma loja de artigos vintage, que recalca o passado através do excesso de zelo e da metódica organização da sua vida, tal como faz com a sua loja. Na realidade, Dauphine vive prisioneira do passado e do seu último desgosto amoroso, quando descobriu que o namorado a trocou por outra mulher e uma muito próxima de si. Desde então, a sua loja tem sido o seu refugio e apenas Mark Drury, vocalista de uma banda local do qual ela não perde um espectáculo, a faz querer pensar fora do caixinha aparentemente bem arrumada que é a sua vida. No entanto, esta paixão é puramente platónica visto que nunca teve coragem de lhe dirigir a palavra.
Com a ajuda de Cassie e de outras personagens que nos são familiares do primeiro livro, vemos a evolução de Dauphine ao longo dos passos, da sua relação consigo própria e com os que a rodeiam.
Embora a história central seja a de Cassie, não deixamos de sorrir ao ver o consequente desenrolar da sua história intercalada com a de Dauphine. A autora não nos ia apresentar uma nova personagem para a deixar sem cabeça, tronco e membros. Dauphine acaba por ser uma influência positiva em Cassie e o orientador, acaba por ser orientado também.
A autora conseguiu contrabalançar muito bem as duas histórias, que se interligam pelas personagens em comum e pela organização que proporcionou a emancipação sexual de Cassie e a recuperação da auto-estima de Dauphine. 
Com capacidades para continuar a ser uma trilogia nos TOP 3 dos meus romances eróticos preferidos, S.E.C.R.E.T promete o tão desejado final no terceiro livro.
O que será da organização que tantas mulheres ajudou?
Voltará a haver problemas?
E como fica Cassie e Will?
 Quando é que me oferecem uma viagem a New Orleans?
Ah desculpem, esta questão não é para aqui chamada! :)


Quanto ao terceiro e último livro de S.E.C.R.E.T, a autora diz já ter entregue o 1º capitulo à editora mas está à espera de notícias. Por isso, se o livro ainda não está completo e editado na versão original, bem que podemos esperar sentadas.
Até lá, vamos lendo, este e outros.
Ou então, seguimos 10 passos

Primeiro Passo: Rendição
Segundo Passo: Coragem
Terceiro Passo: Confiança
Quarto Passo: Generosidade
Quinto Passo: Ousadia
Sexto Passo:Convicção
Sétimo Passo: Curiosidade
Oitavo Passo: Bravura
Nono Passo:Exuberância
Décimo Passo: Decisão

Faltam ideias?
Leiam o S.E.C.R.E.T
 :)
Mais informações no site

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Opinião :: "S.E.C.R.E.T"

S.E.C.R.E.T é uma leitura revigorante. Após ter lido qualquer coisa como 30 livros eróticos (dentro dos parâmetros actuais), FINALMENTE eu encontro um que bate no 20! Farta de homens ricos e dominadores e as clássicas virgens de 20 e tal anos. Perceber que a história deste livro se centrava apenas em Cassie, uma mulher solitária no caminho para a descoberta da sua sexualidade e independência, foi uma lufada de ar fresco.

SEM JUÍZOS, SEM LIMITES, SEM VERGONHA

A minha opinião e o desejo que a S.E.C.R.E.T fosse real:
Conhecemos Cassie a servir mesas no Café Rose algures na linda mas constantemente fustigada pela natureza Nova Orleães. Uma mulher apagada e solitária, marcada por um passado conturbado que encontrou o caminho para a mudança e progresso num objecto deixado no café por uma cliente, um diário intimo e revelador sobre a passagem pela organização.
Se a cidade, centro do palco para o Katrina e outros furações, consegue sempre levantar-se das cinzas e reconstruir o que parece não ter salvação, também Cassie, uma mulher destroçada que ficou viúva com 29 anos de um marido abusivo e alcoólatra e para quem auto-confiança é algo tão raro como não haver turistas bêbedos no Quartié.

Se a reabilitação tem 12 passos, a revolução sexual proporcionada pela S.E.C.R.E.T tem 9 
(ou 10 dependa da última decisão)
Entre fantasias sexuais, aventura, erotismo, sedução e total arrebatamento, quem aceita os passos percorre o caminho para ser alguém mais completo, para ser mais fiel a si própria.
E com isto digo: Esta organização devia existir!! Melhor, devíamos criar esta organização.
(foi isso que deu o mote ao nosso passatempo, ganho pela Helen do Beautifulness que já o divulgou aqui


Ainda outro dia vi uma publicação da autora no facebook em que, após um encontro, uma terapeuta sexual lhe tinha dito que indicou o S.E.C.R.E.T às suas pacientes para que estas apreendessem umas coisas sobre masturbação.
Eu cá digo que não preciso ser terapeuta sexual para ter vontade de meter este livro nas mãos de umas quantas pessoas que me são próximas e que com toda a certeza iriam beneficiar dos passos da S.E.C.R.E.T para aprenderem umas coisas sobre si próprias. 
Seria um jardim de flores a desabrochar! 

 S.E.C.R.E.T
Safe, Erotic, Compelling, Romantic, Ecstatic, Transformative

Sei que muitos dos livros eróticos que andam por ai são muito fantasiados, até irreais mas uma coisa é verdade, eles agradam a muito gente, excitam outra tanta e no fundo, ainda se aprende algo de novo com eles.
Ao ler o S.E.C.R.E.T temos vontade de sair e explorar o mundo e por vezes o nosso planeta começa nos lençóis da nossa própria cama.

Mais informações no site

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mommy Porn Goes Global - Um artigo Toronto Life e uma opinião Elsar

Sempre adorei a expressão Mommy Porn!
Sendo a leitora de serviço para tudo o que é livro erótico que entra biblioteca Efeito dos Livros (e ainda bem!), não podia de deixar o meu comentário ao ler o artigo da TorontoLife

Ler o artigo Toronto Life (ilustração

Dizem que os livros eróticos estão para as mulheres como a pornografia está para os homens. Acabo por concordar e assim como nem todos os homens gostam de pornografia (isto quase me faz rir!), encontro muitas mulheres que não se interessam por livros eróticos, especialmente pelos recentemente editados. Conheço pessoas que não usariam um dos Cinquenta Sombras de Grey nem para pousar a panela no centro da mesa, quanto mais para entretenimento. No entanto, não podemos negar o seu sucesso, mesmo com todos os defeitos que a trilogia tem. Com a sua publicação abriram-se portas bem largas para à quantidade massiva de títulos que proliferam no mercado e se encaixam neste género. Temos trilogias, temos fantásticos com cenas tórridas pelo meio, temos BDSM, temos ménages, temos o desabrochar para gostos mais kinky, temos o clássico ricaço com a miúda inocente, o mauzão tatuado, temos todo o imaginário mais secreto e erótico a sair da cabeça dos autores para as páginas dos livros e posteriormente a entranhar-se nos nossas leituras, nos nossos gostos e nas nossas conversas.
Mais que abrir portas a tantos outros exemplares do género, livros como "Cinquenta Sombras de Grey" ou "O Inferno de Gabriel" (que ainda não tive oportunidade de ler), criaram precedentes. Além de terem tornado aceitável ler qualquer livro em público (ler pornografia para mulheres!), transformaram o modo de muitas mulheres abordarem o tema, de expressarem o que gostam, o que querem e o que "valha-nos deus, nunca ninguém me deu"!

Quanto a mim, vou numas 3 dezenas de livros do género e até agora apenas posso dizer que por muitos maus enredos que possa ter lido, só tenho a ganhar com isso. Além de ter conhecido personagens muito interessantes, ter ganho novos conhecimentos (mesmo que teóricos) e ter andado entretida, garanto que o que mais me dá gozo ao ler estes livros é chocar as pessoas que ainda teimam em espreitar para a leitura do vizinho nos transportes público.

A todos os que se repelem pelas palavras grosseiras, pelos livros sem conteúdo e pela febre dos livros eróticos, apenas digo, há livros para todos, para todos os gostos.
E ainda bem, já que a minha mãe sempre me disse que não podemos gostar todos da cor amarela!

Para quem, como eu, não perde uma novidade da prateleira do degradê de cinzentos, que venham eles. Eles os livros, os personagens masculinos, caras senhoras, não existem!

Boas leituras, eróticas ou não! 

Opinião "Quando eras meu"

Como será trazer Romeu e Julieta para o século XXI? Como ficaria a maior história de amor de todos os tempos se ela fosse transportada para os dias de hoje? Pior, e se essa grande história não fosse bem assim como nos foi contada. E se a realidade fosse a existência de grande triângulo amoroso?
É exactamente essa a história de "Quando eras meu".


Sinopse
» Excerto «

Há livros que sabemos que chegaram atrasados à nossa lista de leitura. Na realidade a culpa não é do livro mas do leitor. Assim que passei do prólogo de "Quando eras meu" sabia que tinha 10 a 15 anos a mais para apreciar esta leitura na sua totalidade. Eu já li muitos livros destinados a públicos mais jovens e adorei mas infelizmente o mesmo não posso dizer de "Quando eras meu". 
A premissa da história foi o captou a minha atenção e me fez mergulhar na leitura com gosto mas rapidamente o livro perdeu a chama que me atraiu.
Transpor a história de Rosalina, Romeu e Julieta para os tempos actuais, com jovens irritantes. Estas variáveis tiraram-me o interesse mas como sou uma pessoa curiosa, li tudo até ao fim para saber a "moral da história".
Esta não podia estar mais correcta e perceptivel, tenhamos 16 ou 26. As escolhas que fazemos na vida condicionam para sempre o nosso futuro. O que hoje nos parece uma coisa má, pode ser vista como uma bênção daqui a uns meses. Para Rosalina, por muito difícil que fosse suportar a historia de amor que crescia paralela ao seu dia a dia e que acabou, indubitavelmente em tragédia.
Gostava de ter tido a oportunidade de ler este lado da história desenvolvida no tempo correcto em que a história original toma lugar. As personagens e os diálogos roubaram-me a essência que um coração atraiçoado conseguiria tão bem transmitir, pelo menos, para termos que me fossem apelativos.


Vou fazer um teste. O meu exemplar de "Quando eras meu" vai viajar até às mãos de alguém na faixa etária correcta. Preciso de obter um feedback sincero quanto à história visto que achei a ideia original um espectáculo e detesto transmitir uma opinião menos favorável sobre um livro.

Agora digam-me, quem é que já leu este livro?
Gostaram? Venham dai essas opiniões.

Opinião de um leitor no nosso mural - Obrigada Pedro Daniel


Comecei a ler...

Com "Guia para um final feliz" quebrei a regra do "ler o livro e depois ver o filme". Não me arrependo! O filme era tudo o que precisava de ver naquele preciso momento. Adorei-o!
Nunca pensei me rever nas personagens :) (não sei se isto é bom se mau tendo em conta os problemas de cada um)
I do this. Time after time after time, I do all this shit for other people. And then I wake up, and I’m empty. I have nothing. I always get myself in these fucking situations. I give everything to other people. I don’t get what I want.”  
No entanto, dias depois, não resisti e comprei o livro. Um dos primeiros de 2013 e agora será um dos últimos a ser lido neste magnífico ano literário que tenho tido.

Mais informações no site da Presença

Sinopse: 
Pat Peoples está de regresso ao mundo da normalidade da vida familiar em casa de seus pais após ter permanecido numa instituição psiquiátrica devido a um traumatismo grave. Da memória deste fervoroso adepto dos Eagles de Philadelphia desapareceu uma participação do clube no Super Bowl e a demolição do antigo estádio. Ninguém, lá em casa, lhe fala de Nikki, a sua mulher, e até o seu novo terapeuta parece incitá-lo ao adultério. Tudo assume um aspeto cada vez mais estranho. Como a pouco e pouco se vai revelando, anos da sua vida tinham-se pura e simplesmente apagado. Apesar disso, Pat não se deixa desviar daquela que acredita ser a missão de auto-aperfeiçoamento.

Guia para Um Final Feliz é uma narrativa vibrante e intensa que nos oferece uma visão refrescante sobre sentimentos de perda, depressão e amor. É também um magnífico romance de estreia. A versão cinematográfica estreou em Portugal em Janeiro de 2013 e, para quem ainda não teve oportunidade de espreitar, fica aqui o trailer.

 Jennifer Lawrence ganhou um Oscar pela sua performance como Tiffany, a companheira de algumas loucuras de Pat.

Já leram "Guia para um final feliz"?
Que leituras estão a planear fazer até ao fim do ano?