domingo, 17 de maio de 2015

Opinião "Se me restasse apenas uma hora para viver"

Um livro que me agarrou pelo título.
Quando vi esta novidade da Planeta, o título deixou-me a pensar "Se me restasse apenas uma hora para viver"....o que faria? O que diria? O que seria importante? Que marca deixaria após a minha partida? 
Entraria num desfile nostalgico pelas memórias dos meus quase 30 anos de vida ou ficaria num estado de total apatia por não acreditar que tal me estaria a acontecer a mim?
Gritaria ao mundo a minha frustração? Cometeria alguma loucura sem pensar em consequências, visto que para mim o futuro seria inexistente?

Foram esses mesmos pensamentos que me levaram a ler o livro, quase que como de um sopro. Sentei-me para o ler e dei por mim a perder-me na leitura, mesmo nos momentos em que senti que a divagação efervescente e a contra relógio de Roger-Pol Droit me enlouquecia. Até que ponto estamos, na flor da idade, preparados para pensar na morte? Pior, até que ponto estamos preparados para em qualquer idade falar da vida quando por vezes sentimos que não a estamos a viver na sua total plenitude. 

"...a vida que bate, que pulsa, que vai e vem permanentemente, não podemos vê-la
um batimento nunca se vê, podemos senti-lo, jamais contemplá-lo
não podemos ver a vida porque estamos denrto dela, dentro do batimento
para podermos contemplá-lo como contemplamos o mar, a montanha ou o pôr do sol, como observarmos o voo das gaivotas ou a corrida de um cavalo, teríamos de estar de fora...

Um livro pequeno, com poucas páginas, que se lê de um sopro mas que é capaz de nos abalar tal é o peso dos que nos provoca.
Peguem nele e predisponham-se a pensar, no que já fizeram, no que estão a viver neste momento e no fim, especialmente no fim.

Boas leituras

"Se me restasse apenas uma hora para viver" é uma novidade

1 comentário :

EfeitoCris disse...

Em Maio por ti, no Avante lido por mim e hoje, finalmente, reconciliei-me com o livro e escrevo sobre o que me pairou na cabeça ao lê-lo.