domingo, 31 de janeiro de 2016

Na Presença de um Palhaço - Andrés Barba - Opinião

Com um enredo que vemos constantemente na nossa sociedade, «Na presença de um palhaço» é um daqueles livros que se tornará intemporal, já que o tema é muito transversal face aos sentimentos e desejos que explora nas personagens que apresenta. 
Mostra-nos com um olhar muito frio; invejas, desavenças, rancores, medos, ideias e atitudes nefastas ... coisas simples do dia a dia, como por exemplo, um bom trabalhador nem sempre ser recompensado, ou retratando o povo, que, em acção massiva pode elevar algo e logo a seguir rebaixar, sem pensarem efectivamente nas consequências desses actos.
...
O que aqui está em causa é o papel de cada um na sociedade a que pertence e o peso disso ao longo da vida, juntamente com as memórias que permitem fazer um balanço da vida.
Mostra-nos como, por natureza, somos invejosos e sempre desejamos a "galinha do vizinho". Ou então, como a sociedade nos educou a comparar, é inevitável tecer comparações com as vidas dos que nos rodeiam.

Tudo isto é mostrado pelo olhar de Marcos Trelles que se prepara para publicar um artigo numa importante revista científica, onde tem de escrever uma pequena auto biografia, confrontado com isto, ele mete em dúvida as suas bases, fica sem saber o que dizer, repensando aí a sua vida.

Todas estas incertezas ainda se intensificam mais quando decidem, Marcos e a esposa, ir passar uns dias na casa da sogra, para resolverem as partilhas com o cunhados já que a sogra de Marcos faleceu. Neste confronto e perante os acontecimentos daí decorrentes, existem visões da vida que passam a estar ainda mais em conflito, agravando o conflito já muito denso de Marcos.

Apreciei a leitura, mas julgo que o enredo podia ser bastante mais interessante, reservando um vida mais denso e quase estrondoso para cada uma delas, talvez tenha idealizado que tal acontecesse para que pudesse retirar mais conclusões.


Uma leitura com o apoio:

Ver mais sobre o livro Aqui


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Agora no Cinema - Livros se tornam filmes

Também gostam de filmes adaptados de livros?
O cinema está carregados deles e neste momento, não podíamos deixar passar a oportunidade de vos sugerir uma idazinha ao cinema, seja qual for o género de história que queiram ver.








Livro não editado em Portugal



E se ainda conseguirem apanhar, podem sempre ir ver


WOW!
Tantos!
Será que nos esquecemos de algum?
E então, da longa lista de livros adaptados ao cinema, o que vos desperta a atenção?

Boas leituras e boas idas ao cinema, são os desejos do Efeito dos Livros para este fim de semana.
:)

Novidade Coolbooks - "A Menina" e "Padre-Homem" de Carlos Soares

Entre a virtude e o pecado, a trilogia de Carlos Soares, vê agora o seu segundo volume publicado.
Depois de "A Menina", fica disponível em disponível em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt, o título "Padre-Homem".


A Menina - 1º Livro
Sinopse
Um olhar desassombrado sobre um dos últimos tabus da nossa sociedade: o sexo
Desde muito cedo que Alaíde vive, de corpo e alma, para o prazer. Tão cedo que muitos se sentirão desarmados - e chocados - pelas suas paixões. Contudo, Alaíde não é uma menina como as outras. Franzina e de ar inocente, mas dotada de uma língua afiada e aguçada perspicácia, ela confessa-se e envolve-nos no erotismo e controvérsia inerentes à sua história de vida. É prostituta, ou puta, como prefere ser rotulada - se é que se pode dizer que alguém é de facto isso… ou outra coisa.
Num relato sussurrado do interior da sua alcova, a menina ressuscita todos os seus clientes (esses tantos), homens e mulheres, que a marcaram e se submeteram à sua volúpia sôfrega. Mas até um espírito libertário como o de Alaíde cai nas malhas do amor…


Padre-Homem - 2º Livro
Sinopse
Susana, criada na disciplina rigorosa de um convento, desde cedo encontrou formas pouco ortodoxas de escapar à rotina enfadonha. A partir do momento em que consegue manipular as colegas do colégio a fazerem o que lhe vai na mente, a personalidade de Susana vinca-se. Encontra a sua força motriz. Torna-se independente, imprevidente, impulsiva.

Estamos em 1957. Sete anos antes, nascia em Pedra Grande (Trás-os-Montes) aquele que, nesta história, dividirá com Susana o protagonismo maior. Deram-lhe o nome de Raul e a possibilidade de se tornar padre. Ambos conhecem-se quando Raul toma posse da sua primeira paróquia e acabam por encetar um romance tórrido, manchado por sentimentos de culpa e proibição. Não só Raul vê a sua moral a ser abalada, mas mesmo Susana encontra em si uma fragilidade que desconhecia.

Poderá o amor florescer no isolamento de Trás-os-Montes e na aridez emocional imposta pelas obrigações eclesiásticas?


Uma novidade
Mais informação aqui

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Opinião "O Chefe - A Ex"

Quando vi o título do quarto livro da série "O Chefe" pensei "A sério? O que é que ela quer desta vez?"
Uphs parece que me enganei.
E mesmo que me custe, adoro estar enganada para assim descobrir um novo lado nestas personagens.
Raios, já tinha mesmo saudades destes dois.


Quando penso que gostei de um livro desta série la vem o seguinte destronar o anterior e cimentar ainda mais a ideia de que estes dois são o meu casal preferido. Então Neil, o cinquentão, está lá a bater no 20 em todos os momentos, tanto que dei por mim a rir quando iniciei esta leitura logo após ter lido esta frase no "O estranho caso de Benjamin Button"

"Tem, precisamente, a idade romântica. Cinquenta anos...São a idade madura. Adoro os cinquenta"

E eu adoro os cinquenta de Neil! Além do seu à vontade com a vida, a sua dedicação a Sophie, a sua personalidade marcada e todos os outros detalhes deliciosos que intercalados com as características desafiantes de Sophie, os tornam perfeitos um para o outro. E então neste livro recordamos as razões porque gostamos deles e ainda somos capazes de conseguir encontrar mais um ou dois detalhes que permitem que essa afeição cresça ainda mais, especialmente quando descobrimos falhas e imperfeições que os tornam mais humanos e credíveis. 

Neste 4° capítulo da série "O Chefe" a relação de Neil e Sophie entrou num ponto estável e seguro. Decididos em manter forte o laço que os une, Sophie faz todos os possíveis para conciliar a vida a dois com o turbulento e exigente dia a dia de quem gere uma revista de moda. Já por sua vez Neil está confortavelmente, dentro dos possíveis para um homem habituado à agitação do dia a dia a gerir empresas, a usufruir da sua reforma.

Mas a estabilidade destes dois está sempre dependente dos elementos que os rodeiam. Prestes a serem avôs, com um casamento à porta, algumas crises familiares, problemas pessoais e perdas dolorosas vão trazer ao de cima algum caos com qual vão ter de aprender a lidar se desejam continuar juntos e serem felizes. Mas como todos os casais, também têm problemas, alguns que têm raízes bem fundas no passado de ambos.
E ao fim de tanto tempo Sophie e Neil merecem o seu "viveram felizes para sempre" mesmo que seja um "vivemos divertidos entre coxas alheias sempre que nos dá na real gana porque o nosso amor é forte para experienciar isso e ainda caminhar em direcção ao pôr do sol como dois pombinhos apaixonados"
E quem se rendeu ao carisma destes dois verá neste volume um refinar da loucura que os define, que os torna únicos e tão fiéis a si mesmos.

Esta série está lá nos píncaros das cenas sensuais, arrebatadoras e tremendamente sexys.
Oh e acreditem que este livro não se fica nada atrás dos outros, especialmente o último (A Noiva). Não, esperem, eu acho que até ultrapassa a barreira estabelecida pelos outros. Se analisarmos bem, os limites do convencional já foram ultrapassados logo de inicio, por isso, quase que podemos falar que o próximo passo será bastante ousado, talvez seja the final frontier.
Será que eu acabei de fazer uma piada geek sexual?

Sei que há um livro a seguir. Não sei se preciso de saber o que fala, basta-me saber que vou voltar a encontrar Neil, Sophie e companhia.
Por isso, meus caros, fico à vossa espera! Não demorem!!!

Deixo ficar uma música da playlist no spotify que acompanhou a minha leitura 

A Série "O Chefe" é uma grande aposta

Opiniões

"O Chefe - Deslumbrada"

"O Chefe - Namorada"

"O Chefe - Noiva"

«Nós os dois» de Andy Jones - Opinião





Atenção!!! Alerta!!! Esta opinião pode conter dicas que revelam o que todos já sabem... que eles foram felizes para sempre... mas isso não revela nada, pois não?


«O CHÃO É CAMA»

O chão é cama para o amor urgente, 
amor que não espera para ir para a cama.
Sobre tapete ou duro o piso, a gente
compõe de corpo a corpo a úmida trama.

E, para repousar do amor, vamos à cama.


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, in «O Amor Natural» 


*

Chegaram juntos, «Nós os dois» e «O Amor Natural», um romance de Andy Jones e o poemário erótico de Carlos Drummond de Andrade. Li ambos, em paralelo, por isso não resisti a abrir esta opinião com um poema, já que a urgência do amor chega à vida de Fisher e Ivy como algo que não podia esperar e ao longo de duas mãos cheias de meses, a vida de ambos muda completamente.

Ainda antes de abrirmos o livro, lemos: "apaixonar-se é a parte fácil..." e mais ou menos é assim que começa, arrancando com um primeiro capítulo muito bom, comigo a rir e a pensar no caricato de assistir ou promover uma cena daquelas.
Durante as primeiras páginas é o clássico da paixão ardente e da cama como principal cenário, até chegar à suposta hora da verdade.

"- Nós... nós precisamos de falar - diz ela, e, dentro do meu peito, alguém corta o fio que me mantém o coração suspenso atrás das costelas. Solto, o órgão cai e rebola para um ponto mesmo por detrás do meu umbigo, onde fica a pesar como uma pedra."

A cena não é nova, mas a imagem criada pelas palavras, tão bem escolhidas, faz a diferença.


Confesso que não sou entusiasta deste género de romance, guardo sempre para os filmes, já que aquando destas leituras passo o tempo a imaginar as cenas e claro, o elenco. E a banda sonora e se a adaptação é bem feita... e por aí.
Para este, não sei porquê, pensei no Ben Stiller, estou completamente a vê-lo nesta cena:

"Se puseres um berlinde num frasco sempre que fizeres amor no primeiro ano de um relacionamento, e depois, removeres um berlinde sempre que fizeres amor a partir daí, nunca consegues esvaziar o frasco."

E até nas cenas de trabalho, entre marcas de papel higiénico e tampões...

Os meses vão decorrendo e a vida atribulada do casal é composta por outras personagens igualmente complexas como El e Phill, as famílias de ambos, os seus respectivos trabalhos ou ainda Frank ou Suzi que nos deixam a tentar adivinhar possíveis acontecimentos que mudem o rumo do enredo. É exactamente essa mudança de rumo que quando acontece eu não estava à espera e me fez, no final, terminar o livro com muito agrado. Toda o lado humorístico de Fisher não deixava adivinhar aquele final, pelo menos eu nunca me inclinei para tal e é como se a narrativa ganhasse toda uma nova dinâmica, triste, fria, vívida e muito mais real que tudo o que aconteceu até ali e aí sim eu fiquei fã e li as últimas cem páginas com muito mais crença neste amor que inicialmente me parecia meio farsa e com alguma falha comunicativa.

Para terminar não revelo nada do que contribui para o final, mas deixo o lado humorístico e um poema que depois fará sentido quando perceberem as coisas que Fisher aprecia em Ivy.

"(...) Rezo para que a Ivy ainda me ame. Mas é impossível para por ali; rezo para que os meus bebés nasçam saudáveis, rezo pelas minhas sobrinhas, Hector, por Maria, Frank, Esther, Nino, El, Phill, Joe (...) porque deixar alguém de fora equivale a pedir a Deus para não olhar por eles. Estou quase a começar a petição por batatas assadas estaladiças (...) quando o padre nos faz levantar. E deve ser assim que eles nos apanham - esta brincadeira da oração é viciante, uma pessoa não consegue enfiar tudo numa única sessão e é obrigada a voltar."

*

«MULHER ANDANDO NUA PELA CASA»    

Mulher andando nua pela casa
envolve a gente de tamanha paz.
Não é nudez datada, provocante.
É um andar vestida de nudez, 
inocência de irmã e copo d'água.

(...) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, in «O Amor Natural» 



Uma leitura com o apoio SUMA DE LETRAS PORTUGAL




Novidade ASA :: "Os Ambiciosos" de Michelle Miller

E quando a sinopse nos captura a atenção, o que fazemos?
adicionamos mais um livro à wishlist.


Sinopse
Todd, Neha, Beau e Tara são jovens e ambiciosos. Todd é um promissor lobo de Wall Street; implacável e sensual, é um líder nato. Neha é tímida e reservada em todas as áreas da vida exceto uma: o trabalho. No extremo oposto está Beau, o bon vivant oriundo de boas famílias que nunca teve de se esforçar por nada. Por seu lado, Tara parece ter tudo: é atraente, inteligente e perfecionista, mas paga com solidão o preço de uma carreira exemplar.
Juntos - acreditam - vão conquistar o mundo.
A oportunidade surge com uma nova aplicação social - a Hook - que promete revolucionar os encontros amorosos. Todas as empresas de Wall Street querem representá-la mas são os quatro amigos que conseguem o negócio. O único senão: têm apenas dois meses para o concluir. Um prazo quase impossível de cumprir. O que se exige é nada menos do que dedicação e exclusividade totais. Durante dois meses de claustrofóbica proximidade física e emocional, as relações entre eles serão postas à prova, a sua ambição testada ao limite.
Mas no mundo vertiginoso e implacável de Wall Street onde nada é o que aparenta ser, a misteriosa morte de uma estudante universitária vai desencadear uma espiral descontrolada de acontecimentos. Poderá este crime estar relacionado com a tão badalada aplicação? Os quatro jovens estão perante o negócio de uma vida. Até onde irão para o defender?

Uma aposta

Novidade Editorial Presença :: "Livre para Amar"

Reacção a uma novidade da autora J. A. Redmerski?
Ok, está bem, talvez um bocadinho menos.
:)
Mas depois de "Entre o Agora e o Nunca" o que é que vocês queriam??


Sienna Murphy gosta de planear cuidadosamente cada pormenor da vida. Depois de terminar a faculdade, arranjou um emprego bem remunerado e alcançou a estabilidade com que sempre sonhara. Um dia, durante uma viagem de trabalho ao Havai, Sienna conhece o surfista Luke Everett e, atraída pelo seu charme descontraído e despreocupado, decide cancelar todos os compromissos e ficar no Havai mais duas semanas. Luke é o oposto de Sienna, mas, à medida que a conhece melhor, não consegue evitar a profunda ligação que sente. Só que Luke não pode dar a Sienna um final feliz, pois o segredo que esconde ameaça abalar o futuro…

Uma novidade
Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

Relembro a opinião a duologia da autora

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Novidade Editorial Presença - "Duff - A Amiga Feia Gorda" de Kody Keplinger

Uma história que já me tinha convencido pelo trailer da sua adaptação ao cinema.
DUFF chega a Portugal, ainda em papel, a 2 de Fevereiro.


Apesar de não ser a rapariga mais gira do Secundário, Bianca Piper é espirituosa, inteligente e tem um grupo de verdadeiras amigas com o qual se diverte e sonha com rapazes. Bianca nunca pensaria em envolver-se com Wesley, o rapaz mais popular da escola, muito menos depois de este lhe dizer que ela é a Amiga Feia e Gorda que serve apenas para realçar a beleza das outras.
No entanto, a sua vida familiar desmorona-se, o que a atira para uma espiral de tristeza e insegurança. Nisto, dá por si a beijar Wesley. Os dois veem-se enredados numa relação de amor-ódio que tinha tudo para correr mal, mas que inesperadamente pode dar frutos…

Fica o trailer

Uma novidade
Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui

Novidade :: "Elfanos - O Legado"



Sinopse: 
Joana pensa que tem uma vida normal. Até que um estranho homem aparece e desestabiliza tudo. De repente, aquilo que pensava saber sobre os seus pais não condiz com a verdade. Nem aquilo que pensava saber sobre os seus amigos mais íntimos…
Obrigada a escolher entre o seu mundo, a família mais próxima e os amigos, ou acompanhar Marcus para um lugar desconhecido e mágico, Joana vê-se numa encruzilhada que mudará definitivamente a sua vida e daqueles que a rodeiam.
Uma rapariga que é a salvação ou a maldição.
Um guarda com uma missão ambiciosa.
Um grupo de amigos unido.
Um povo desesperado por mudança.
Uma rainha sem voz para se impor.
Um rei iludido com uma utopia.
Um reino dividido sem razão.
Um mundo caído na guerra.
Bem-vindo às Terras Brancas, no Reino de Elfanos, no Mundo Antigo.

Uma novidade
Mais informações aqui

domingo, 24 de janeiro de 2016

Opinião "Vendetta" de Catherine Doyle

Código de honra, vingança e amor proibido, uma tríade de sucesso para a construção deste Romeu e Julieta contemporâneo com toque gangster que ficamos a conhecer em "Vendetta", o primeiro livro da série Blood for Blood de Catherine Doyle.


Conhecemos Sophie Gracewell (Perséfone de nome original) num verão abrasador nos arredores de Chicago. Alvo de exclusão social devido a um crime cometido pelo seu pai, Sophie tem na mãe,na melhor amiga e no trabalho do restaurante da família o único apoio e entretém. Mas quando a velha casa "assombrada" de Ceddar Hills passa a ter novos ocupantes, a curiosidade de Sophie sobe em flecha, especialmente depois de se esbarrar com um dos irmãos e não ter ficado nada indiferente à sua pessoa.
Nic, por sua vez, dono e senhor de uma beleza caracteristicamente latina, sente-se inadvertidamente atraído por Sophie mas este interesse colide com os outros que o levaram até ali.
Engana-se quem pensa que está história é um simples "boy meets girl".
Oriundos de dois meios muitos diferentes, com sentidos de bem e mal completamente díspares, Sophie e Nic têm assuntos sérios para lidar, ainda antes de poderem sequer pensar dar uma hipótese a si próprios e à ideia de estarem juntos.
Quando as suas verdadeiras identidades ficam a descoberto, quão grande é o fosso que os separa?
E quando a família está em primeiro lugar na lista de prioridades, em que posição fica o amor? E a justiça?


"Vendetta" é uma história que devorei com o mesmo fulgor que teria devorado na minha adolescência.
Amor, máfia, vingança e diálogos mordazes? Oh Deus, combinação perfeita. 
Desde o recente evento que marcou a vida de Sophie, à sua amiga desbocada, à dinâmica dos irmãos, à cena arrepiante no dia do seu aniversário, ao covarde do tio...oh pah, acho que olhei para a história, devorei-a e não encontrei algo que não gostasse.
Este é o primeiro livro da saga Blood for Blood o que dá mote ao verão mais marcante na vida de Sophie e que mudou para sempre o seu futuro.
Quando é que sai o próximo??
Já tenho saudades de Luca. Sim, eu gosto do irmão aparentemente mais irascível :)

Quero ver o que esta confusão toda vai trazer no segundo volume.
Só me lembro das palavras do Padrinho...

Uma novidade
 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Opinião "O Estranho Caso de Benjamin Button"


Anteontem a Wook lançou o desafio da semana e eu não resisti em olhar para a minha estante e encontrar um livro que cumprisse a meta proposta que era ter na estante um livrinho com 100 páginas. Realmente parece um número grande mas quando se trata de um livro, 100 páginas não é nada.
Mas os livros não se medem aos palmos e a minha escolha é um exemplo.
"O Estranho Caso de Benjamin Button" de F. Scott Fitzgerald tem 75 páginas mas embora seja pequeno é uma grandeza tal que a nossa mente não tem outro remédio que divagar na história que nos é contada.
Realmente é impressionante a capacidade de F Scott Fitzgerald para, em meia dúzia de páginas, espelhar uma jornada extraordinária, umas quantas críticas à sociedade e um sem fim de sentimentos.


Benjamim nasceu velho, toda a gente sabe mas nunca ninguém entendeu porquê. Ostracizado pela sociedade e pelos pais, encontra compreensão em diversas etapas da vida, no momento certo com a companhia indicada mas na realidade, visto fazer um percurso contraria ao do resto do mundo, tem uma jornada de solidão e incompreensão. Tudo o que não entendemos, afastamos.

Compreendo como este pequeno conto tem combustível mais que suficiente para dar o mote e inflamar uma historia magnífica como a que vimos na adaptação ao cinema com Brad Pitt e Kate Blanchet.
A minha memória selectiva guarda do filme uma história de amor, um Brad Pitt que nasce velho e que vai ficando cada vez mais novo (e mais giro), uma Nova Orleans linda, uma Mota bem louca e solidão.

Um livro lido em pouco mais que meia hora que me.deixa cheia de vontade de rever o filme.
Deixo-vos ficar o trailer.

Uma edição

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

Novidades Jacarandá :: "O Som do Silêncio"

Rosamund Lupton é uma daquelas autoras que ficou no radar com o primeiro livro e qualquer novidade merece uma entrada automatica para a wishlist.


Sinopse
Arriscaria a minha vida por ti

A 24 de novembro, Yasmin e a filha de dez anos, Ruby, partem numa viagem pelo Norte do Alaska. Procuram o pai de Ruby, desaparecido na imensidão do Ártico.
Cada vez mais isoladas, embrenham-se profundamente na noite sem fim. E Ruby, surda de nascença, tem de enfrentar a escuridão.
Embora estejam determinadas a não desistir, o inverno aumenta de intensidade e alguém segue-lhes no encalço através da escuridão.

Relembramos a opinião da Elsa e da Cris ao livro "Irmã" e a opinião ao livro "Depois"

Uma novidade

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

«O Coro dos Defuntos» de António Tavares :: Opinião

Entre acratas e alguns alevantes, caminhamos entre alpondras e trauteamos uma aravia levada pelo arilho até aos ouvidos de alguma bagaxa ou de algum arlotão, revelando palanfrório zorato.

... ou melhor...

Entre anarcas e alguns motins, caminhamos entre pedras pelo rio e trauteamos uma algaraviada levada pelo vento fraco e frio até aos ouvidos de alguma prostituta ou de algum charlatão, revelando palavras ocas doidas.

A linguagem deste «O Coros dos Defuntos» pode em certa parte conter uma alçaprema, uma armadilha quero eu dizer, no entanto, são as palavras que formam, na minha opinião, o melhor deste coro. 

A linguagem de Aquilino Ribeiro é o botaréu para António Tavares trazer até ao leitor um retrato do Portugal meio futre, um tanto gabião e lapúrdio. Maltrapilho, tagarela e saloio. Assim se retrata o Portugal do interior nos anos antes do 25 de Abril. O período conturbado entre 68 e 74 foi chegando aos bochechos àquela terra beirã, criando uma maranha intrincada que vai desvelando um leque de personagens muito bem caracterizadas. 

É no acumular de personagens que o autor constrói uma aldeia à frente dos olhos do leitor e deixa perceber entre talisgas algumas pequenas pistas que poderão dar a descobrir o enigma entre Manuel Rato e Olivita, personagens pervagantes mas constantes.

Embora existam curtos episódios recheados de rinchavelhada, há muito de um retrato sério da nossa realidade, o que contribui para entendermos a suspicácia com que o povo recebia certas novidades.

Volto a repetir que toda a atracção que senti para este livro está na forma cuidada como o autor pega nas palavras e constrói momentos brilhantes que dão vontade de ler e reler, aliás, desde as primeiras palavras, onde a voz narrativa é apresentada, mas também os tempos de regime, que se pressente a qualidade do texto. 

“Diz ela que o mundo nem sempre foi assim. Noutros tempos, a avó corria à beira do rio com um pau de vime na mão a espantar os espíritos dos mortos e batia nas pedras e na água como se sacudisse os males da Terra. (...)  muros enchiam-se de musgos, campainhas e pipilros, brotavam cogumelos de todas as espécies em todos os cantos e era possível ler nas entranhas dos troncos o destino dos viventes. 
Cada um sabia quem era os outros e cada qual conhecia todos e, mais do que a eles, os pais e avós, às vezes os bisas e tudo assim, mesmo na linha colateral, ou seja, primos e tios e por diante (...)"

«O coro dos defuntos» está tão bem engendrado que diria até que se poderão ler alguns capítulos a título de micro contos e, volta na volta, deliciarmo-nos com belos lambiscos ou então amesendarmo-nos entre amigos e talvez emberzundarmo-nos de mais deste nosso Portugal.

Não tenham ignávia, leiam este livro!

Novidades, Novidades, NOVIDADES :)

J. Kenner e o filão Stark :) 
Se for tão bom com a trilogia original, eu estou completamente interessada.
Esta é uma das autoras que nem preciso de ver a sinopse, eu vou SEMPRE querer ler.

"Chama-me" é o primeiro livro de uma nova trilogia no excitante universo Stark, com novas personagens e uma nova história escaldante, da escritora que já conquistou milhares de fãs em Portugal.


Sinopse
Ele é o único homem que a fez sentir-se viva.
Mas também é aquele que a poderá destruir.
Sylvia Brooks, assistente pessoal de Damien Stark, não vai deixar que nada nem ninguém atrapalhe o seu primeiro grande projeto imobiliário, mesmo que isso signifique ter de pedir ajuda ao homem que jurou nunca mais querer encontrar.
Jackson Steele tornou-se um dos mais famosos e desejados arquitetos, mas não consegue tirar Sylvia do pensamento, bem como o facto de ela o ter abandonado após um caso escaldante entre os dois. Magoado e com desejos de vingança, ele só aceitará ajudá-la com uma condição: tê-la na sua cama, possui-la por completo.
Determinada a fazer quase tudo por aquele projeto, que poderá ser decisivo para a sua carreira, Sylvia terá de decidir se arrisca os seus mais profundos e íntimos desejos, cedendo o controlo do seu corpo, e talvez até da sua alma, ao único homem que poderá significar a sua salvação - ou a sua perdição.


Uma novidade escaldante

Novidade Companhia de Letras Portugal :: "O Amor Natural"

Um dos melhores exemplos da grandiosidade do poeta e escritor brasileiro, agora numa edição Companhia de Letras Portugal.


LIVRO
Publicado em 1992, cinco anos depois da morte do autor, O amor natural foi saudado, com justiça, como um grande acontecimento cultural: a lírica erótica (e por vezes pornográfica) de um dos maiores poetas da literatura brasileira finalmente publicada. Mais de 20 anos depois da publicação original, pode afirmar-se que a leitura do livro ganha ainda mais importância: os poemas eróticos de Drummond, que na edição original foram lidos quase como uma excentricidade dentro da sua vasta e importante obra, estão entre os maiores exemplos dessa modalidade de lirismo em qualquer idioma. Fortes, intensos e sem o travo de melancolia da poesia amorosa de Drummond, os poemas de O amor natural chegam a ser solares na sua clara e positiva afirmação do desejo sexual, do conhecimento físico entre duas pessoas e da vitória contra a morte que representa a busca pelo prazer. Compostos no decurso da longa carreira literária do autor, os textos reafirmam a enorme vitalidade - pessoal e literária - do autor.

AUTOR
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE nasceu em 1902 em Itabira, estado de Minas Gerais. Apontado como um dos mais importantes poetas de língua portuguesa do século XX, estreou-se na literatura em 1930 com a publicação de Alguma Poesia, a que se seguiram, nos cinquenta anos seguintes e até à sua morte, em 1987, Sentimento do Mundo (1940), A Rosa do Povo (1945), Novos Poemas (1948), para nomear apenas algumas das mais importantes obras que produziu. Contos de Aprendiz, publicado originalmente em 1951, constitui a primeira grande incursão do poeta no universo da prosa ficcionada. Nome incontornável da literatura brasileira, Drummond de Andrade morreu aos 84 anos no Rio de Janeiro.

Uma aposta

Novidade Coolbooks "O olhar é o ponto onde duas superfícies se encontram”

E como nos últimos meses até conseguimos ler uma ou outra coisa em formato digital, não deixamos de estar atentas às novidades que saem exclusivamente em ebook.
Esta é uma delas...


» Ler Excerto «

Sinopse
O olhar é o ponto onde duas superfícies se encontram é a metáfora em torno da qual a narrativa se desenvolve, e a partir da qual a autora desdobra um conjunto de reflexões sobre a vida interior de Camila e Daniel, dois seres aparentemente em contradição. Camila é uma mulher que ao chegar à idade madura, e depois de uma relação opressiva, cultiva uma existência livre dos padrões de vínculos afectivos. Daniel é um homem bem-sucedido, cuja aparente superficialidade esconde uma culpa. A morte do pai irá confrontá-lo com um segredo guardado durante toda a sua vida.

Autora
Alexandra Pinto nasceu em S. João da Madeira há 48 anos, mas foi a cidade de Braga, onde actualmente reside, que a acolheu desde os 4 anos. É licenciada em Educação pela Universidade do Minho e tem frequência de doutoramento em Filosofia da Educação, que acabou por não concluir. Profissionalmente, esteve sempre ligada a projectos sociais, lidando com problemáticas e contextos de vida mais fragilizados, que contribuíram para ampliar a sua visão da experiência humana.

A escrita é para a autora uma espécie de autognose, de acto íntimo e privado. Expressão que foi amadurecendo. A experiência do conto resulta de um desafio para transpor o hábito dessa escrita mais fragmentada, em textos breves. Não prever nem antecipar, deixar que o texto se declare, é o ponto de partida da viagem que realiza quando se senta para escrever.

Uma novidade no mundo dos Ebooks da
Mais informações sobre o livro aqui

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Novidade Marcador :: "13 horas"

O relato real e lancinante dos homens corajosos que resistiram no terreno durante a batalha de Benghazi


Na noite de 11 de Setembro de 2012, atacaram o Complexo da Missão Especial do Departamento de Estado dos EUA e um posto da CIA próximo, conhecido como o Anexo, em Benzaghi, na Libia. Uma equipa de seis operadores de segurança americanos deu o seu melhor para repelir os atacantes e proteger os americanos que ali se encontravam. Esses homens fizeram mais do que o seu dever, levando a cabo extraordinários atos de coragem e de heroísmo para evitar uma tragédia ainda maior. Este é o seu relato pessoal, nunca antes contado, do que aconteceu durante as treze horas daquele ataque.

O livro que deu origem ao filme
Confiram o trailer

Uma aposta