quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Entrevista a Catarina Betes

Para aguçar a vossa curiosidade sobre o livro "O Amor é Breve", temos o prazer de partilhar convosco algumas perguntas que tivemos oportunidade de fazer à autora.

Os contos de "O amor é breve" são uma dedicatória para todas as pessoas que têm sido importantes para si ao longo da sua vida?
- De um certo modo, sim. No entanto, muitos dos contos são imaginados, não se reportam a nenhuma situação específica. Têm por base as vivências comuns do ser humano, em diferentes momentos da vida.

Como se sente por ter imortalizado as suas palavras, os seus pensamentos e a sua escrita neste livro?  
- Sinto que materializei um sentimento que estava parcialmente adormecido. Escrever deixou de ser um sentimento, passou a ser algo palpável. As palavras deixaram de ser simples palavras, transformaram-se e adquiriram um significado novo e real.

Como julga que o público português aceita os autores portugueses? Como sente isso pessoalmente?
- Sinto que procuram cada vez mais identificar-se com o que lêem. Pessoalmente, sinto um feedback muito positivo.

Que conselhos dá a quem gosta de escrever, a quem "carrega no peito o peso das palavras" e necessita de as transpor para o exterior? Recomenda um livro de contos? Um pequeno romance?  
- "Quem carrega no peito o peso das palavras", tem, na minha opinião o dever interior, de as passar para o papel. A escrita não deve ser nunca entendida como um obrigação, mas como um modo de canalizar emoções, sentimentos, palavras que não cabem dentro de nós. Soltá-las faz parte do desenvolvimento e amadurecimento interior. Penso que cada autor se liga intimamente a um tipo de escrita. Não é propriamente uma decisão, optar por um livro de contos ou por um romance. Tem mais a ver com o tipo de mensagem que o autor, através daquele livro, quer passar para o público.

A escolha pela compilação de contos ao invés de, por exemplo um romance, é pela preferência pelo género ou teremos novidades em breve?
- De momento sinto maior apelo e motivação pela escrita de contos, no entanto, não ponho de parte escrever um romance, no futuro.


Esperamos ter oportunidades de ler as emoções e os pensamentos de Catarina Betes transferidos para o papel.
Um bem haja a todos os escritores portugueses e a quem, diariamente luta para passar as palavras da cabeça para o papel (ou para o computador).


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