sexta-feira, 14 de junho de 2013

"À procura de Alaska" - Looking for Alaska

(foto ElsaR)
Edição portuguesa - "À Procura de Alaska" da ASA

A minha opinião:
Todos nós passamos por acontecimentos, provações e pessoas que nos marcam, que nos moldam e nos amolgam. Em alguma altura, fomos a Alaska Young de alguém ou tivemos uma que fez mossa, mesmo que pequenina, na carapaça que se carrega para toda a vida.

Levava grandes expectativas para a leitura deste livro. Ter na bagagem o sentimento de perfeita genialidade deixado por "A Culpa é das Estrelas", coloca a fasquia John Green bem alta e "À Procura de Alaska" foi jornada interessante mas não arrebatadora.
Tem momentos com os quais não me consigo identificar. Uns por intolerância a pessoas com as característica de Alaska, outras por excesso de experiência ou idade, e ainda mais para a frente, por escassez de momentos de igual introspecção e sofrimento, como os que são vividos por Miles, o nosso narrador e personagem principal. Talvez ao ler o livro, eu não me consiga colocar no lugar de Miles (uma prova que a literatura teen não é o indicado para mim em certos momentos, nem mesmo para descontrair).

Tirando a minha incapacidade de estabelecer uma ligação afectiva com o livro e as personagens, "À Procura de Alaska" tem impresso o cunho John Green e que não deixa ficar indiferente quem o lê (mesmo para quem olha para Alaska e só vê "trouble").
Este é mais um dos livros que me faz pensar que nenhum livro é lido de igual maneira por pessoas diferentes. Por vezes, nem uma única pessoa encontra o mesmo em duas ocasiões.
Desta vez levo momentos, últimas palavras e citações, tudo detalhes que me fazem pensar, me fazem sentir. Detalhes que me acompanham para as vezes que me perco no labirinto que é a vida e me deixo prender pela era dos momentos mais sombrios. Eventualmente, tudo passa.

"We need never to be hopeless, because we can never be irreperably broken"

Muito mais que uma história sobre um amor adolescente, "À Procura de Alaska" aborda temas que são muito mais profundos, que magoam tanto ou mais ainda, que o primeiro amor.


John Green está definitivamente na lista de autores a quem estou atenta.
No último Natal, a prenda que pensei dar a mim mesma foi a caixa com todas as obras de John Green mas depois decidi que iria esperar pacientemente até que Paper Tows (Cidades de Papel, editado em Fevereiro de 2013 pela Presença) e An abundance of Katherines chegassem ao mercado português. Garantidamente, Cidades de Papel será uma das próximas leituras visto que tenho uma amiga que o está a ler neste momento e rapidamente ele dá um saltinho até à minha residência mas e quanto ao An Abundance of Katherines? Quando será que vamos ter o prazer de ver esse livro editado em Portugal?

Quem, como eu, está atento aos livros de John Green?

Nota:
Estava agora a olhar para as capas que coloquei aqui e de todas as que vejo, mesmo as portuguesas, as que gosto mais são as que têm um rasto de fumo tão característico das personagens, especialmente de Alaska. No entanto, acho que a reedição tem uma capa muito mais indicada do que a inicialmente escolhida para representar a versão nacional.

2 comentários :

Anónimo disse...

" À procura de Alasca" e "Quem é você, Alasca ?" são o mesmo livro ?

ElsaR disse...

Sim, são o mesmo livro.
Versão em Portugal e outra no Brasil.