sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"Pede-me o que quiseres, Agora e Sempre" Opinião :)

"Pede-me o que quiseres" abre-nos a cama de Eric e Judith, torna-nos voyeurs da sua tumultuosa relação e deixa-nos penduradas para saber o que se vai passar depois da tempestade num copo de água que foi o confronto dos dois amantes no final do primeiro livro.


Ao iniciar a leitura, sabemos que Judith está magoada e com o orgulho ferido pela desconfiança demonstrada pelo homem que ama no final do primeiro livro. Vemos o seu afastamento da empresa e da vida de Eric enquanto anda a sofrer pelos cantos mas longe do olhares de terceiros. É em Jerez que Judith encontra conforto do pai e das actividades que a fazem sentir-se bem consigo mesma.
Não tarda a recomeçar o jogo do rato e do gato, o que é característico em todas as discussões de Eric e Judith, que não são poucas, especialmente neste livro.
As mudanças na vida dos dois são extremas e neste volume as personagens crescem mas continuam a deixar-se levar pelos seus detalhes característicos das suas personalidades. Eric pela sua frieza e Judith pelo seu temperamento louco.
Em comparação com o primeiro livro, fiquei muito mais satisfeita com a caracterização de Eric do que com a teimosia extrema a roçar o sadismo de Judith. Que mulher teimosa, orgulhosa e irascível. Isto vindo de mim, orgulhosa até mais não, é grave. Ela bate-me a pontos e a maneira como lida com as coisas, especialmente com as discussões com Eric, é algo que me ultrapassa. Ele pode ser inflexível, casmurro e frio MAS ela por vezes torna-se impossível. Que tempestade!

Durante a leitura lembrei-me de uma frase de John Green

Judith é um furacão, um tsunami, um vulcão que cospe lava quente, especialmente chateada.
No entanto, as cenas a dois são cada vez mais escaldantes e os momentos que partilham com os amigos que possuem os mesmos gostos carnais, são ainda mais elaborados que os do primeiro livro. Pelo menos, Judith aprecia e até incentiva os mesmos, para puro deleite de Eric. Digamos que ele criou um monstro!
Compreendo que talvez seja este o ponto em que se traça a linha entre o que os leitores gostam ou não gostam da história. Nem todos estão dispostos a compreender a razão que leva os personagens a enveredarem por essas práticas mórbidas. :P
A utilização da palavra mórbido já não me afecta, não tanto como referi na crítica ao primeiro livro. Creio que depois de conhecer Judith e a sua história com Eric, nos habituamos à palavra e ao uso da mesma. Mórbido acaba por descrever a depravação dos gostos de ambos, da sua preferência por partilhar o seu prazer com outros e o continuo estado de excitação que obtém juntos. Resumindo, Eric e Judith não conseguem tirar as mãos de cima um do outro, a não ser quando "jogam" com outras pessoas ou estão a discutir. (já agora, quando leio "queres jogar?" imagino toda a gente a sentar no chão e a sacar de um jogo de tabuleiro)
Por entre discussões, amor, sexo louco e muitas mudanças vemos as personagens evoluir, a nível pessoal e no seu relacionamento.
Confesso que não fiquei muito apegada às personagens no primeiro livro mas neste, coisas mudaram de figura, especialmente com Eric.
No entanto, continuo a não imaginar o Paul Walker, agora ainda menos. Pode ser o David Gandy novamente? :P

O ponto em que termina este segundo livro leva-nos a desejar que chegue o terceiro para sabermos mais detalhes sobre o final feliz.
E algo que me diz que não está nada longe...eu já li as primeira folhas.

Até lá, deixem que os opostos se atraiam, mesmo que sejam como fogo e gelo!
Há pessoas pelas quais vale a pena derreter :)

Um vício alimentado pela Editora

Favor não esquecer que dia 7 de Março, a autora vai estar em Lisboa. :) Vemo-nos lá? 
 :)

Sem comentários :