terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz Idade de Sigrid Undset - Nobel de Literatura 1928 - Breve Opinião


Feliz Idade de Sigrid Undset trazia com ele a premissa de ser uma leitura leve, mas marcante, naquela que é a idade para se tomar determinadas atitudes e avançar. Uma novela moderna pela mão da nobelizada Sigrid Undset que pretende mostrar certas viragens que o século XX permitiu, como a emancipação das mulheres. Com uma voz forte, mas igualmente simples, Undset, a norueguesa nobelizada em 1928 traz ao enredo a saga da busca pela felicidade, tanto no espectro pessoal como social e ainda o esforço para que existisse outra aceitação das mulheres, em muito para quebrar a solidão e alguns estigmas com o casamento e a família. 

Uma novela que me fez pensar na importância da liberdade dos dias de hoje e de uma maior abertura em termos de sociedade moderna, de resto é uma escrita e um enredo que não me cativa. Sinto que se passou o mesmo com Victoria do também nobelizado Knut Hamsun (Opinião).

Em "Feliz Idade" a autora revela também a preocupação com a possibilidade de perdermos o rumo e o controlo das nossas vidas e desperdiçarmos os nossos melhores anos. Linha que foi interessante de seguir e pensar sobre, já que li este livro enquanto "peregrinei" este ano a Fátima. Coloco peregrinação entre aspas, já que a espiritualidade e a religião não foi o foco, mas pode bem ter sido essa busca pelo sentido dos dias e para promover o reencontro tranquilo e solitário com os meus próprios pensamentos.

Foi curioso a certa altura ler que a ela caminhava pelas ruas de Cristiânia, ficando a conhecer a cidade e quebrando a solidão. Perdoem a ignorância mas não sabia que Oslo, havia sido Cristiânia. ;)

Quem sabe 2015 traz a hipótese de umas caminhadas em terras escandinavas. 

Este livro foi lido durante os 138kms a pé até Fátima.
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